
Review: Yakuza 0 Director’s Cut é essencial no Switch 2
Yakuza 0 Director's Cut continua sendo a porta de entrada perfeita para a lendária série
Imagem: SEGA
lançamento do Nintendo Switch 2 nos trouxe muita coisa legal para jogar, desde o first party de peso Mario Kart World até um monte de ports de jogos aclamados que nunca tinham pisado em terras nintendísticas.
Entre eles, eu argumentaria que nenhum é melhor do que Yakuza 0 Director’s Cut, especialmente se você for um jogador que nunca se aventurou pela franquia da SEGA.
Ostentando um belo visual, narrativa inesquecível, e uma tonelada de conteúdo, trata-se de uma compra essencial para quem quer tirar o máximo proveito da nova geração de videogames da Nintendo. Entenda no nosso review completo a seguir.

Imagem: SEGA
Yakuza 0 Director’s Cut é o bom e velho Yakuza
Se hoje em dia os jogos principais da franquia Like a Dragon migraram para o estilo de RPGs com batalhas por turnos, em Yakuza 0 Director’s Cut temos o bom e velho beat ’em up 3D que imperou pela maior parte da história da série.
Eu ainda não tive o privilégio de visitar o Japão na vida real, mas um de meus youtubers favoritos, o grande Velberan, passou anos morando no Japão e, em uma de suas transmissões, lembro de o ouvir dizendo que entre todos os jogos que existem, nenhum replica melhor a atmosfera de passear verdadeiramente pelo país do que Yakuza.
Quem manja do assunto diz que as locações fictícias de Kamurocho e Sotenbori são mesmo muito fieis às Kabukicho e Dotonbori do mundo real, e eu acredito que seja mesmo o caso. E mesmo se não forem, elas não deixam de ser alguns dos meus locais favoritos em toda a história dos videogames, e as recomendo a todo mundo que gosta de um bom sandbox.
Pode confiar, depois de começar a viver como um dragão pelas ruas repletas de crimes, bobeiras e emoções de Yakuza 0 Director’s Cut, você nunca mais vai ver os jogos de mundo aberto da mesma forma. Especialmente porque a sua história é algo único nos videogames.

Imagem: SEGA
Um excelente ponto de partida
A icônica história de Yakuza 0 Director’s Cut nos leva de volta até a nostálgica Kamurocho dos anos 1980 (20 anos antes dos eventos mostrados em Kiwami), o nosso “open bairro” favorito dos videogames. Por lá, os criminosos do clã Tojo querem enriquecer através do projeto de revitalização da área, mas encontram problemas para comprar um lote que possui um dono misterioso.
Enquanto isso, o ainda novato Kazuma Kiryu, um dos jovens “talentos” da família Dojima, é injustamente acusado por um assassinato que acaba sendo relacionado ao terreno. Nosso outro co-protagonista, o ex-Tojo Goro Majima, tenta se redimir e ser recebido de volta no clã, mas precisa cometer um assassinato para provar a sua lealdade. Naturalmente, o alvo misterioso também vai se conectar com essa história.
Tudo isso é uma prequel dos eventos do primeiro Yakuza, o que significa que Yakuza 0 Director’s Cut é um dos melhores pontos de partida possíveis para quem tem interesse em acompanhar a história toda em ordem cronológica e sem boiar em nada, com os principais personagens e poderes políticos ainda se conhecendo.
Como de praxe, a narrativa intercala muito bem momentos de leveza e comédia com o mais puro dramalhão novelesco, tudo com uma apresentação cinematográfica ímpar. A sensação constante é a de estar assistindo a um ótimo filme de ação japonês, como você pode ver já na primeira meia hora de gameplay que gravei no meu canal, o Aquele Cara:
Se você nunca jogou algo da franquia, não deixe de explorar as muitas missões paralelas e minigames de Yakuza 0 Director’s Cut, pois é lá que você encontrará alguns dos momentos mais marcantes e divertidos da jornada.
Praticamente todo canto do mapa possui alguma atividade para você fazer, seja ela uma partida competitiva de mahjong (o que causou pesadelos em muitos platinadores de plantão), minigames de ritmo no Karaoke, ou até mesmo encontros com belas garotas. Pois é, amigo, a vida no Japão tem de tudo!
O prazer de sair no braço
Como falei, ainda que lotado de cutscenes e minigames, esse é um jogo beat ’em up 3D, então é ótimo que a sua pancadaria funcione muito bem. A profundidade do combate vem tanto da possibilidade de interagir com itens do cenário como na opção de alternar entre os três estilos de luta ostentados por Kiryu e Majima.
É bem legal se planejar para jogar de forma mais evasiva e com alta velocidade, mas menos poder de dano, ou então apelar para golpes com maior área de acerto para lidar com grupos grandes. Também há um terceiro estilo mais equilibrado, o que é sempre uma escolha segura.
Yakuza 0 Director’s Cut não escapa dos vícios e problemas inerentes ao gênero, então não espere ver uma IA maravilhosa nos seus rivais, muito menos uma ampla variedade de inimigos fora os eventuais embates com chefões. A varidade e quebra de ritmo do jogo não está nas lutas, mas sim em se ocupar com sidequests e minigames quando você cansar de lutar.
Como na versão de PlayStation 4, a ação rola sempre a 60fps e em resolução de 1080p. Diferente do original, no entanto, essa performance também foi aplicada nas cenas cinematográficas, que ficaram mais fluídas do que antigamente.
Novidades do Nintendo Switch 2
Outros recursos adicionados para essa nova versão de Yakuza 0 Director’s Cut no Nintendo Switch 2 incluem a opção de dublagem em inglês, mas faça um favor a si mesmo e jogue com as vozes em japonês, pois as considero muito melhores e mais imersivas.
Também foi muito bem-vinda a possibilidade de salvar o jogo a qualquer momento no mundo aberto, enquanto antigamente você era obrigado a usar qualquer um dos telefones na rua para fazer isso.
Chama atenção a adição de quase 30 minutos de vídeo em 5 cutscenes inéditas, mas as considerei um tanto agridoces. Naturalmente, quanto mais Yakuza, melhor, então tem isso. Por outro lado, o pessoal da Ryu Ga Gotoku, por mais talentoso que seja o estúdio, já parece estar um tanto disposto demais a reescrever o cânone, mas evitarei entrar em detalhes para não dar spoilers.
Por fim, já no menu inicial é possível acessar o novo moo Red Light Raid, onde você pode jogar em multiplayer contra hordas de inimigos. Progredindo, você ganha dinheiro virtual para comprar novos personagens jogáveis. Tal qual aconteceu em Puyo Puyo Tetris 2S, no entanto, encontrar outros jogadores online pareceu uma tarefa impossível aqui no Brasil. Fez muita falta poder jogar esse modo com co-op local, então é puro potencial desperdiçado.
Vale a pena jogar Yakuza 0 Director’s Cut?
Se você está a fim de uma aventura cinematográfica cheia de pancadaria, estilo, humor, carisma infinito e um dos melhores mundos abertos dos videogames, não precisa pensar duas vezes: pode cair de cabeça em Yakuza 0 Director’s Cut.
A única contra indicação que eu consigo pensar é que, se você já zerou o jogo original anteriormente, as novidades da versão de Nintendo Switch 2 não são o bastante para fazer valer uma nova compra. De resto, é só alegria.
E o melhor de tudo para os nintendistas é que, depois de zerar Yakuza 0 Director’s Cut no Nintendo Switch 2, você também pode aproveitar a retrocompatibilidade do console para jogar o Yakuza Kiwami que foi lançado recentemente para o primeiro Switch.
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Yakuza 0 Director's Cut
Publisher: SEGA
Desenvolvedora: Ryu Ga Gotoku Studio
Plataformas: Nintendo Switch 2
Lançamento: 05/06/2025
Tempo de review: 33 horas
Yakuza 0 Director's cut continua sendo a melhor porta de entrada possível para uma das grandes franquias dos videogames. Pena que nem toda adição dessa versão brilha como poderia.
Prós
- Um dos melhores jogos de lançamento do Switch 2
- Perfeita porta de entrada para a franquia
- Muitas atividades legais para completar
- História principal e missões paralelas de alto nível
Contras
- Sem localização em português
- Novas cenas não valem a pena
- Se você já tem o jogo, não vale outra compra
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