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TRETA! Com nova taxa, Unity gera polêmica e dev ameaça deletar jogo

CEO da Unity, que no passado tomou decisões questionáveis de monetização à frente da EA, vendeu ações antes de anúncio bombástico; saiba

13.09.2023 às 16:44

Aquilo que começou como uma decisão impopular de negócios se transformou numa bola de neve: a Unity, famoso motor de jogo utilizado por toda a indústria de videogames, impôs novas taxas aos desenvolvedores, conforme publicado aqui no Flow Games. Essa mudança de política não só afetou a performance das ações da companhia como despertou a ira de alguns estúdios independentes que usam a tecnologia.

Ciente ou não da inevitável repercussão negativa, o CEO da empresa, John Riccitiello, vendeu 2.000 ações na semana passada, antes da queda na bolsa. Outros executivos também venderam suas ações em meados de agosto e início de setembro. Segundo apurado pelo Guru Focus, que acompanha o mercado financeiro de perto, o CEO comercializou um alto volume de ações neste ano e não há necessariamente “provas” de uma ligação direta com o fato ocorrido na Unity.

Unity e a polêmica: entenda

Desde o dia 12 de setembro deste ano, a Unity decidiu cobrar os desenvolvedores por cada instalação do jogo deles. A medida afeta títulos com receita superior a US$ 200 mil nos últimos 12 meses e com mais de 200 mil instalações. A ideia seria, agora, cobrar US$ 0.20 por cada instalação em jogos que utilizam o tier gratuito do Unity. A nova política teria efeito em 1º de janeiro de 2024.

Para efeitos de exemplo, títulos como Genshin Impact, Cult of the Lamb, Cities Skylines e Pokemon GO, só para citar alguns, utilizam essa engine.

cult of the lamb unity

Imagem: Massive Monster

Como forma de protesto, o time de Cult of the Lamb ameaçou “deletar” o jogo caso a Unity siga adiante com a drástica mudança.

A empresa ainda amarga a demissão em massa de mais de 600 pessoas só em 2023, além da redução de escritórios, que de 58 caíram a 30.

O repertório do CEO não é dos melhores: quando esteve à frente da EA, anos atrás, FIFA 09 foi lançado com loot boxes. No ano passado, ele disse que desenvolvedores que fazem jogos sem monetização em mente são “idiotas pra car*lho”. Ele até chegou a brincar com a ideia de cobrar US$ 1 para cada recarga de arma em Battlefield.

Resta aguardar os próximos passos da Unity, que ainda não deu maiores pronunciamentos sobre a repercussão – mas esse pode ser o início de uma longa novela.

Fontes: PCGamesN e GameRant

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