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The Division Resurgence traduz franquia perfeitamente ao mobile

Nós testamos um bom tempo do Beta de The Division Resurgence e é um jogo para colocar no radar

17.12.2023 às 16:00

Jogos para celulares são… curiosos. Até hoje, parece não haver um consenso de qual é o formato ideal para essas experiências: algo mais simples e divertido ou um game robusto igual aos consoles? Não existe uma resposta certa, mas com certeza The Division Resurgence, vindouro título da Ubisoft, aposta na segunda opção.

Nós testamos um Beta Fechado que aconteceu no fim de novembro e jogamos algumas horas para dar nossas primeiras impressões para vocês do novo título gratuito da companhia. Ficaram curiosos? Vem com a gente!

the division resurgence

Imagem: Ubisoft

The Division Ressurgence não deixa a desejar na franquia

A maior pergunta que você deve estar fazendo neste momento é: mas The Division Resurgence é tão bom quanto as versões de console e traz todos os elementos do DNA da série? Surpreendentemente, sim. Por incrível que pareça, a Ubisoft conseguiu traduzir todos os aspectos dos títulos principais para dentro das telinhas dos celulares.

Se você espera selecionar classes de operadores distintas, destruir células de organizações criminosas no surto da pandemia, pegar cobertura para dar muito tiro e usar habilidades especiais tecnológicas, tudo isso você encontra por aqui – e isso vai incluir até mesmo uma versão da Zona Cega, parte PvP da franquia.

the division resurgence

Imagem: Flow Games/Vinícius Munhoz

E, para veteranos da franquia, é legal notar que The Division Resurgence retorna para Nova York, cenário do primeiro título, mas com um recorte de tempo diferente, servindo como uma espécie de prequel para a história.

Pode parecer engraçado, mas a vontade de escrever aqui é de “não há muito mais o que dizer”, porque a Ubisoft simplesmente acertou demais. É difícil dizer algo que The Division Resurgence não faça em qualidade similar às versões de console e PC.

Claro, há classes, mapas e locais diferentes para visitar (além de uma facção nova, os Freemen), mas a jogabilidade não deixa em nada a desejar. Se os gráficos fossem melhores – ainda vale lembrar que este é um título para celulares e tablets -, The Division Resurgence poderia facilmente ser um novo game da série principal.

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Imagem: Flow Games/Vinícius Munhoz

Falando em qualidade, quando digo que ela é similar aos demais jogos, não é da boca para fora: há cutscenes do enredo, quase todos os diálogos com NPCs são dublados (em inglês, mas no sentido de ter vozes em vez de apenas textos), há diversas atividades para fazer e muito loot para coletar.

É o ciclo de gameplay que esperávamos de um game da franquia, mas traduzido para um escopo um display menor. Sequer dá para chamar de “escopo menor”, já que até as ruas apresentam uma estrutura de mundo aberto. Se você gosta da série, certamente vale ficar de olho neste aqui.

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Imagem: Flow Games/Vinícius Munhoz

Como os controles são traduzidos para o mobile?

Embora a jogabilidade de The Division Resurgence seja uma excelente tradução aos celulares, isso não necessariamente implica que os controles são os melhores adaptados. Mas, felizmente, essa é uma qualidade que o game também oferece.

Apesar de trazer algumas soluções protocolares paras os botões touch screen, eles funcionam. Afinal, não precisa reinventar a roda, já que muitos games de celular já avançaram bastante para criar um padrão bem interessante.

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Imagem: Flow Games/Vinícius Munhoz

Você pode personalizar a interface da maneira que achar melhor, existem assistências de mira caso deseje e muitas formas de customizar a maneira de andar e mexer a câmera. Se você joga outros jogos de tiro no seu smartphone, certamente vai se sentir em casa – e é completamente jogável e aproveitável na tela de toque.

Entretanto, houve um problema bem particular que eu tive em The Division Resurgence: o uso de controles Bluetooth. Afinal, esse método de jogo deveria ser a maneira ideal e a que mais aproximaria a experiência de jogar nos consoles. Mas… não foi o que aconteceu comigo.

Por se tratar de um Beta, é possível que os problemas que relato a seguir sejam corrigidos, mas, por incrível que pareça, me pareceu pior jogar em um joystick convencional. Basicamente, não houve calibração de sensibilidade que pareceu correta para jogar.

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Imagem: Flow Games/Vinícius Munhoz

Em algumas configurações, girar a câmera era rápido demais (realmente muito além do aceitável), enquanto diminuir para níveis menores deixava quase inutilizável de tão lento. Eu tentei fuçar por muito tempo para atingir um nível de sensibilidade similar a outros games de tiro, mas parecia impossível.

Há diversos parâmetros para modificar e: ou se trata de ferramentas mal explicadas ao usuário (que já deveriam vir mais “corretas” de fábrica) ou é um bug. De qualquer forma, é bem possível que esse problema deixe de existir no lançamento de The Division Resurgence.

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Imagem: Flow Games/Vinícius Munhoz

Gráficos incríveis – para um jogo de celular

Se há um ponto que impressiona bastante em The Division Resurgence, ele certamente é o visual realmente avançado para um jogo de celular. Esse é um daqueles títulos que, se jogado nas configurações gráficas Ultra, começa a borrar a linha entre os AAA de console e mobile.

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Imagem: Flow Games/Vinícius Munhoz

Durante nossa jogatina, utilizamos um Samsung Galaxy S23 Ultra para testar o game e, pelo menos em um smartphone high end, não tivemos problema algum para rodar com todas as opções no máximo – e o resultado é algo realmente muito bonito de ver em uma tela menor, passando a sensação de um título de alto orçamento.

Com tudo no Ultra e resolução alta, The Division Resurgence engana facilmente com a sensação de um game de console, mas há cortes e concessões notáveis no olhar mais atento: para encaixar tudo em um dispositivo de menor poder de fogo, há pop-in de alguns elementos, texturas em qualidade menor e mais.

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Imagem: Flow Games/Vinícius Munhoz

Há também como jogar em 60 fps, mas (pelo menor por ora) há um limitador para unir as duas coisas, ou seja: gráficos no talo e alta performance. Essa proibição provavelmente ocorre para evitar o superaquecimento do aparelho ou para evitar o esgotamento rápido da bateria, mas pode ficar tranquilo: mesmo em 60 fps o jogo ainda é bonito.

Por se tratar de uma build que não é a final, The Division Resurgence ainda tem momentos aqui e ali com quedas de frames, mas é difícil repetir os problemas nos mesmos locais, o que dá a entender que, talvez, não seja um problema de desempenho, mas algum travamento de carregamento ou inconsistência de desempenho– e não necessariamente pontos de gargalo.

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Imagem: Flow Games/Vinícius Munhoz

The Division Resurgence: um jogo para ficar de olho

Sem dúvidas, The Division Resurgence começa muito promissor: jogabilidade que os fãs esperam, boa performance e uma tradução muito boa para os aparelhos móveis. E, para ficar tudo ainda melhor, o game será 100% gratuito para jogar.

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Imagem: Flow Games/Vinícius Munhoz

Por enquanto, ainda é difícil entender como a monetização realmente vai funcionar. No Beta Fechado que testamos, havia algumas roupas e skins para adquirir com moeda real, mas tudo não passou de itens cosméticos, o que é um ponto bastante positivo – entretanto, o valor localizado para a moeda brasileira era bem salgado.

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Imagem: Flow Games/Vinícius Munhoz

The Division Resurgence ainda tem algumas arestas a serem aparadas aqui e ali, mas certamente é um título extremamente ambicioso para os celulares. Neste momento, o jogo ainda não tem data de lançamento específica, mas está previsto para chegar até o primeiro trimestre de 2024 para dispositivos Android e iOS.

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João
João
6 meses atrás

Concordo com a matéria. The Division mobile está incrível, ele consegue explorar mundo aberto similar aos consoles e Pc (mesmo que limitado). Estou jogando-o no S20 fe snap 865 no baixo e 45 fps. O modo PvE e PvP estão incríveis, modos dominação, solitário, etc; A Ubisoft está de PARA – BÉNS. Abraço redação do Flow Games.