Summer Game Fest: primeiras impressões de Remnant 2
Combinando shooting crocante, belos visuais e fases procedurais, Remnant 2 que agitar mais uma vez o mundo dos soulslike
credite, não foram apenas platformers e MMOs que estiveram na nossa lista de jogos testados durante a Summer Game Fest 2023. Entre as sessões de jogatina que contaram com a presença do Flow Games em Los Angeles, o delicioso Remnant 2 é um dos destaques.
Com um estilão que pode ser resumido como “um soulslike de tiro”, o projeto da Gunfire Games arrebatou nossa equipe durante os Play Days do evento, elevando para um novo patamar tudo que foi apresentado no game original.
Assim como nos outros previews rápidos que publicamos aqui no portal, é claro que também trazemos nossas primeiras impressões de Remnant 2 para dar um gostinho do que um belo shooter repleto de desafios pode trazer à mesa. Dedo no gatilho e vem com a gente!
Senta que lá vem história
O “cantinho” que a Gearbox reservou para Remnant 2 dentro do espaço dedicado às principais jogatinas dos Play Days – cerca de 6 máquinas posicionadas no fundo de um dos anexos do salão principal – pode ser descrito como despretensioso. Esse, aliás, é o mesmo adjetivo que descreve a estreia do jogo anterior, que chegou em 2019 com a proposta de levar o gênero souls para o mundo acelerado e preciso dos shooters.
Ciente de que tinha um bom produto em mãos, mas sem grandes pretensões, a Gunfire simplesmente colocou o game no mundo e já começou a pensar nos seus próximos projetos. Qual a surpresa, então, quando a jogatina não só ganhou tração como também levou os jogadores a pedirem por mais conteúdo, novidades e updates.
Mesmo sendo surpreendida, a equipe do estúdio conseguiu formular uma estratégia para continuar dando suporte ao jogo e se aproximar da comunidade. Além de múltiplas lives que criaram conexões fortes com os jogadores, o primeiro Remnant ganhou múltiplas atualizações gratuitas, novos modos de jogo e duas expansões completas. O sucesso, é claro, também abriu portas para o desenvolvimento de uma sequência.
E, assim como Remnant: From the Ashes não demorou para cativar o público com uma jogabilidade crocante, um loop completamente viciante e fases e bosses criativos – potencializados por um sistema procedural interno –, Remnant 2 só precisou de alguns minutos para mostrar a que veio.
Remnant 2 só precisou de alguns minutos para mostrar a que veio
Assim, em uma sessão de aproximadamente 20 minutos de jogatina, pudemos tirar tudo isso à prova experimentando um dos novos arquétipos do game, avançando num dos belíssimos níveis criados para a campanha de Remnant 2 e batendo um papo com os devs.
Nossas primeiras impressões de Remnant 2
Dá para perceber logo de cara como Remnant 2 constrói em cima da base sólida de From the Ashes. Para começar, os arquétipos – as classes do jogo – são bem mais significativas do que na aventura original, indo além de uma escolha inicial de equipamentos e influenciando diretamente a sua experiência na campanha.
Arquétipos
Entre as 4 opções apresentadas a nós durante a tela de seleção da demo – com um quinto slot a ser preenchido futuramente –, nossa escolha foi imediata pela Handler, uma caçadora que traz à tiracolo um cão extremamente habilidoso. A personagem eleva a barra do gameplay, criando uma camada de microgerenciamento bem interessante durante as partidas.
Isso porque além de atacar inimigos para te defender, o fiel companheiro pode ser posicionado à vontade pelo jogador, enviado para proteger outro colega e até mesmo usar Dragon Hearts (o equivalente ao Estus Flask, da série Souls) para te curar ou ressuscitar.
Infelizmente, no nosso teste, tivemos uma experiência traumática ao enfrentar um miniboss que não só zerou nossa vida, como impediu o doguinho de nos levantar, matando o bicho. O episódio ficou para trás, no entanto, quando a simpática Cindy To, designer-chefe de fases da Gunfire Games, nos ensinou que era possível fazer carinho no cachorro. É isso que chamamos de recursos de qualidade de vida, não é mesmo?
Visual
Outro ponto em que Remnant 2 eleva a barra em relação ao seu antecessor é nos gráficos. Não é como se Remnant: From the Ashes fosse feio. Na verdade, o título original era bem aquele tipo de projeto AA que entregava mais do que deveria, como A Plague Tale: Innocence, sabe? Seja como for, o visual do novo game é simplesmente espetacular.
A ambientação é extremamente imersiva, a iluminação agradável, as texturas mais do que crocantes, as animações de alta qualidade e os inimigos que enfrentamos (parte da Root) parecem versões next-gen de seus antepassados de 2019. Segundo um representante da Gearbox, muito disso se deve ao uso da Unreal Engine 5.2.
A versão mais recente do motor gráfico da Epic Games, aliás, não só torna tudo mais bonito (ou asqueroso, em alguns casos) como também possibilita novas oportunidades de gameplay.
Fator replay
Enquanto From the Ashes de apoiava em uma modularidade mais linear de fases e mundos – o mapa dos níveis mudava a cada run, mas a sequência geral se mantinha a mesma –, Remnant 2 abraça um sistema procedural muito mais complexo.
O que nos foi contado é que toda a progressão pela campanha é gerada proceduralmente, do design geral do cenário até o planeta em que ele se passa – além, é claro, do posicionamento de itens, monstros e quais chefes você encontra por lá. Sim, há uma linha narrativa para levar a história à frente, mas ela se adapta à aleatoriedade do game.
Há uma linha narrativa para levar a história à frente, mas ela se adapta à aleatoriedade do game
Na prática, isso significa que a jornada de um player dificilmente será semelhante à de outro, o que não só cria uma boa conversa em relação à experiência de jogo, como também expande consideravelmente o fator replay de Remnant 2 e a busca por mais armas, chefes, poderes, equipamentos e segredos escondidos pela trama.
Jogabilidade afiada
Com todas essas mudanças e atualizações, Remnant 2 se transformou num jogo completamente diferente do primeiro? Nada disso! Apesar de fugir da síndrome de “parece mais um DLC”, o novo título da Gunfire consegue equilibrar a balança de ser familiar para veteranos e atrativo para um novo público.
Muito disso se deve ao loop básico de jogatina – entre numa fase, mate monstros, enfrente minibosses e chefões, obtenha loots e repita tudo mais uma vez –, às similaridades com outros soulslike e ao shooting delicioso. É isso aí, essa sequência consegue melhorar o aspecto FPS do original e entrega um gameplay tão satisfatório quanto de Destiny 2, com aquele retorno gratificante a cada tiro ou crit na cara do inimigo.
O sistema de perks e as builds associadas a cada arquétipo, além da manutenção da mecânica de modificadores que transformam diretamente o uso das armas, promete criar uma jogabilidade ainda mais afiada. Porém, como não chegamos tão longe na demo, isso é mais uma expectativa do que uma afirmação em si.
Vale dizer também que curtimos muitos dos aprimoramentos feitos à interface do jogo, que precisou se preparar para receber (e mostrar) muito mais informações do que antes. o Destaque fica com a reformulação do mapa e minimapa, que agora podem ser manipulados tridimensionalmente e exibem claramente passagens, desníveis, pontos de interesse e aliados.
Remnant 2
Revelado originalmente durante o The Game Awards 2022, Remnant 2 tem lançamento marcado para logo menos, no dia 25 de julho de 2023, com versões para PlayStation 5, Xbox Series X/S e PC.
Você ainda pode ver todos os anúncios da Summer Game Fest neste link e mergulhar em outras das primeiras impressões obtidas na jogatina dos Play Days logo abaixo:
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