Review: Pulse Elite tem som de qualidade e autonomia monstruosa

Seja para conversar com os amigos ou oferecer mais imersão, os headsets são uma boa pedida para os jogadores que procuram se focar na jogatina. E assim, a Sony revelou o Pulse Elite em fevereiro deste ano.

O headset funciona com o PlayStation 5, PCs, celulares e outros dispositivos, tendo como um de seus destaques o áudio em 3D. O Flow Games recebeu uma unidade do Pulse Elite para review e, após usá-lo por algumas semanas para jogar e outras atividades, conta o que achou. Confira!

Design e acabamento

O headset Pulse Elite conta com um visual um pouco futurista e que lembra bastante o que foi visto no Pulse 3D. A sua cor predominante é a branca, o que o deixa combinando perfeitamente com o PlayStation 5, levando em conta a cor “original” do videogame.

Um dos destaques do Pulse Elite no acabamento é a sua haste é autoajustável, que faz com que o jogador não precise realizar ajustes de altura para deixar o headset ajustado em sua cabeça.

Imagem: Alvaro Neto;Flow Games

Pessoalmente, eu admito que gostei do recurso autoajustável e tive bastante conforto com o Pulse Elite. Mas também confesso que a haste da parte de dentro (a preta) fez um pouco de pressão em minha cabeça e isso não era possível de se ajustar, ou seja, quem tiver incômodo com isto não tem muitas saídas.

Mesmo com este pequeno detalhe eu não tive dores de cabeça e nem nada do tipo mesmo ao usar Pulse Elite por mais de 4 horas contínuas. A sua espuma é grossa, mas também é macia na medida certa e faz com que os alto-falantes não batam na orelha, além de não esquentar ao redor.

No lado esquerdo do headset está presente o microfone retrátil, que fica bem escondido quando não está em uso. A sua distância em relação a boca não é grande, mas também não incomoda e pode ser ajustada. Ao lado do microfone, vale notar, está presente um botão para ativar o mudo.

Já no lado direito do Pulse Elite estão presentes alguns botões que são bem úteis na hora da jogatina e outras partes referentes a conectividade. Basicamente temos: botão para ligar/desligar ou acionar o pareamento, outro para aumentar ou abaixar o volume e a porta USB-C para seu carregamento.

Além dos botões, um pequeno LED está presente para indicar quando o headset está ligado ou no processo de pareamento com algum outro dispositivo. Por último, além do dongle e um cabo USB-C, o kit do Pulse elite traz uma pequena peça no formato de um ganho que pode fazer o seu carregamento.

Som do Pulse Elite

Na questão sonora, a parte mais importante de um headset, o Pulse Elite não desaponta, mas é preciso fazer algumas observações quanto ao seu uso que pode não ser o ideal para todas as atividades.

Para jogar no PlayStation 5, o Pulse Elite impressiona com a sua qualidade sonora e ressalta praticamente todos os sons que estão sendo reproduzidos no jogo. Mas de forma mais precisa, os graves é quem ganham um destaque maior e ressaltam, por exemplo, efeitos especiais de explosões, tiros e afins.

Uma das experiências mais incríveis que tive com ele e em que pude escutar detalhes menores foi com o Gran Turismo 7. No jogo de corrida eu pude escutar com mais clareza a diferença do som do motor de cada carro, além de outros detalhes na pista.

Já em outros jogos com mais ação, o maior destaque mesmo do Pulse Elite ficou com o seu áudio 3D, que funciona extremamente bem e dá uma sensação de imersão. Graças a ele era possível escutar zumbis por perto em Dead Island 2 que poderiam passar despercebidos por estarem escondidos.

Imagem: Vinícius Munhoz/Flow Games

Ainda em relação ao som durante as jogatinas, no PC, o Pulse Elite também foi bem eficaz, mas aqui valem duas observações. Em testes feitos com dois computadores ao estar conectado pelo seu dongle e sem estar jogando, um tipo “apito”, de volume bem baixo, pôde ser escutado.

O segundo ponto é que o áudio 3D do headset não funciona no computador, mesmo que esteja sendo utilizado com seu dongle. Felizmente esse ponto pode ser minimizado, por exemplo, ao ativar o recurso do “Som espacial” do próprio Windows, mas sem a mesma eficácia.

A parte da experiência mais negativa, entretanto, fica para quem pretende escutar música com o Pulse Elite. A questão não é que ele não seja competente para a tarefa, mas ele tende a acentuar bastante os graves, o que chega a afetar, as vezes, os médios. Logo, você precisa de um equalizador para amenizar o problema parcialmente ou terá um som melhor e mais adequado apenas para alguns estilos.

Em relação ao volume, eu devo admitir que não fiquei impressionado neste quesito. Não é que o volume seja baixo, mas ele não chega a ficar perto do que estou acostumado a experimentar em outros headsets premium.

Mesmo com a crítica acima, eu preciso ressaltar que o isolamento acústico do Pulse Elite é bem eficaz. Então, ao deixar o seu volume já ali na casa dos 80% fica difícil de escutar o que está acontecendo no seu ambiente “fora do jogo”. E outro elogio fica para o áudio não sair distorcido mesmo quando o volume do headset está em 100%.

O microfone do Pusle Elite pode ser considerado eficaz para chamadas, uma vez que não pega muitos ruídos e é possível escutar perfeitamente o que está sendo dito. Ainda assim, o seu áudio parece sair um pouco “cru” e sem um tratamento extra. Logo, a sua qualidade fica inferior ao que se encontra em outros headsets na mesma faixa de preço.

Acima, eu deixei um pequeno trecho de áudio gravado sem qualquer tipo de edição para ter uma ideia da qualidade do microfone.

Conectividade e autonomia

Um dos grandes pontos positivos do Pulse Elite fica em sua conectividade. Afinal, o headset pode ser utilizado com fio, sem fio via Wi-Fi 2,4 GHz com o seu dongle ou via Bluetooth.

Não somente isso, um recurso que me deixou bem feliz foi poder deixá-lo conectado a mais de um aparelho ao mesmo tempo. Dessa forma, por exemplo, é possível conectá-lo ao celular e ao PlayStation 5 para que nunca uma ligação importante passe batida sem precisar sequer apertar um botão.

Na autonomia, o Pulse Elite também não desapontou. Enquanto a Sony indica que sua autonomia é de aproximadamente 20 horas, nos meus testes, o headset pôde passar ligado por pouco mais de 25 horas, isso com ele conectado ao PlayStation 5 ou PC e celular.

Preço e disponibilidade

O Pulse Elite foi lançado oficialmente no Brasil hoje (7), chegando com o preço sugerido de R$ 999,90.

Pulse Elite vale a pena?

O Pulse Elite possui um acabamento premium e é bem confortável de ser utilizado, mesmo que as sessões de sua jogatina sejam longas. Aliado a isso, o fator conectividade do headset chama a atenção positivamente, afinal, ele pode ser utilizado com praticamente qualquer dispositivo e até com mais de um ao mesmo tempo.

Na questão sonora, para jogar com o PlayStation 5, o headset se demonstrou perfeito, sendo que o destaque mesmo fica com o seu áudio 3D. Para escutar música, pessoalmente, eu olharia para outras opções que oferecem um som melhor e mais neutro com menos ênfase nos graves.

O preço do Pulse Elite, entretanto, pode ser considerado justo para um headset premium sem fio com tanta qualidade e autonomia.