Review: Dead Rising Deluxe Remaster melhora MUITO o jogo
O que era bom se torna ainda melhor em Dead Rising Deluxe Remaster; confira nosso review completo
nunciado e lançado em 2024, Dead Rising Deluxe Remaster é, como o próprio nome sugere, um “remaster de luxo”, com requintes de remake e a cereja do bolo a nós, brasileiros: localização completa ao nosso idioma – sim, dublado!
O relançamento desse clássico só deixa uma grande pergunta girando em órbita em nossas cabeças: algum motivo específico? Estaria a Capcom realizando um termômetro do interesse pela franquia para, quem sabe, pensar em Dead Rising 5?
Pensamentos e devaneios à parte, a verdade é que Dead Rising Deluxe Remaster é uma ótima forma de apresentar a série a um novo público – e, ao mesmo tempo, presentear os fãs antigos. Confira!
Dead Rising Deluxe Remaster: nova estrutura de jogo
O primeiro aspecto fundamental dessa nova edição é sua bem-vinda reestruturação de sistemas. O título original foi lançado em 2006, quase 20 anos atrás e, naturalmente, carrega “rugas”, especialmente num de seus principais aspectos, o gerenciamento de tempo.
Antes, o único meio do jogador ter alguma noção da passagem de horas era pelo relógio do fotojornalista Frank West, e mal existia controle das atividades em andamento. Como o repórter tem 72 horas para escapar do shopping e retornar ao helicóptero de resgate, diversos eventos eram facilmente perdidos se o protagonista não estivesse na hora certa e no local correto.
Agora, há novas ferramentas de exploração que auxiliam o jogador para que este não se perca em meio ao caos, incluindo uma bússola no topo da tela e barras de tempo alocadas à esquerda, responsáveis por exibir o período restante de cada missão. Esses ícones, aliás, são personalizáveis no menu, com grande respeito à experiência que cada um deseja ter com a interface.
Controle modernizado – ou o clássico, caso você prefira
Numa era em que versões definitivas são tão comuns na indústria de videogames, Dead Rising Deluxe Remaster também tem uma para chamar de sua. Refinado em visual e gameplay, o título conta com novo mapeamento de comandos e de controle da mira, o que facilita a jornada do jogador e a torna mais agradável, sem desamparar o jeitão antigo de se jogar, que ainda é uma escolha.
A movimentação do boneco tem mais fluidez e, caso o fã prefira, é possível optar pela mira automática, já que a retícula era sofrível no game antigo. A densidade de zumbis é impressionante nos corredores e lojas do shopping – e sim, usar a serra elétrica para devastar hordas deles continua sendo absurdamente satisfatório, do ponto de vista do gameplay.
Os gráficos de Dead Rising Deluxe Remaster navegam entre o remaster de luxo e o remake, tamanho é o salto visual entre as versões anteriores e a atual
Como os controles foram modernizados, pequenas coisinhas pentelhas do original, como o pulo tosco ou a mobilidade engessada de Frank, foram corrigidas aqui, tornando Dead Rising Deluxe Remaster muito mais convidativo, embora ainda seja um produto que herde algumas características datadas de seu predecessor.
Visual de ponta e dublagem brasileira, sim!
Os gráficos de Dead Rising Deluxe Remaster navegam entre o “remaster de luxo” e o remake, tamanho é o salto visual entre as versões anteriores e esta. Expressões faciais, detalhes em figurinos, partículas, estilhaços de vidro, texturas de objetos 3D e outros elementos foram completamente refeitos para que você tenha, enfim, a experiência definitiva de dilacerar zumbis num shopping com o “disco trocado” para 2024.
Aliás, as skins fazem referências a outras franquias da casa e deixam toda a sátira ainda mais escrachada – afinal de contas, faz todo o sentido estar na pele de Nemesis para aniquilar tudo que se move, não é mesmo? Por falar em comédia, a Capcom “atualizou” o tom de Dead Rising Deluxe Remaster para a modernidade, sem desabonar o aspecto satírico e despojado do original.
O investimento foi tamanho que, sim, o jogo está completamente localizado ao português brasileiro, incluindo dublagem. Como sempre, exímia.
Veredito
Dead Rising Deluxe Remaster é um robusto pacote que recepciona novatos à franquia e, em paralelo, convida o fã antigo a revisitar essa putrefação de carne com tudo que as lojas de um centro comercial têm a oferecer. Ele é, basicamente, o melhor “simulador de apocalipse zumbi num shopping” que existe por aí.
Ao mesmo tempo em que herda algumas características datadas do original, inclusive a inteligência artificial limitada e os chefes meio desbalanceados, esse “remaster de luxo” se esforça para entregar uma produção de ponta afinada a 2024.
Se pararmos para pensar friamente, Dead Rising é, até hoje, muito único no que se propõe, reunindo uma série de elementos que compõem uma “salada de gêneros” – ação, aventura, survival, gerenciamento de tempo, hack’n’slash e por aí vai.
A nova versão é capaz de alçar uma nova base de jogadores e pode mostrar à Capcom que há, sim, interesse em dar continuidade à franquia. Vejamos como Dead Rising Deluxe Remaster se mostra à prova do tempo para que essa teoria se converta em prática.
Analisado no PS5.
Uma cópia de Dead Rising Deluxe Remaster foi gentilmente cedida pela Capcom para a realização desta análise.
Dead Rising Deluxe Remaster
Publisher: Capcom
Desenvolvedora: Capcom
Plataformas: PS5, Xbox Series X|S e PC
Lançamento: 19/09/2024
Tempo de review: 15 horas
Dead Rising Deluxe Remaster navega entre o “remaster de luxo” e o remake para revisitar um clássico com grande reformulação e deixa boas expectativas para o futuro da franquia
Prós
- Graficamente belíssimo e gostoso de jogar
- Gerenciamento de tempo ficou bem melhor
- Dublado em português brasileiro
- Gameplay ainda mais satisfatório
Contras
- Herda alguns aspectos datados do original
- Bugs aqui e ali que o tempo deve corrigir
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