
Preview: The Outer Worlds 2 acaba de ganhar minha atenção
The Outer Worlds 2 chega em outubro, mas o Flow Games já jogou o início e conta as primeiras impressões! Veja
Imagem: Obsidian Entertainment
u confesso que The Outer Worlds 2 não estava no meu radar. Eu até gostei do primeiro jogo, mas não tem uma estima tão grande quanto muitos fãs de Fallout e da Obsidian têm (mas sequências estão aí para aprimorar e melhorar muita coisa, não é mesmo?). E, talvez por conta disso, o que eu joguei até agora me surpreendeu bastante.
Recentemente, o Xbox enviou para o Flow Games uma build prévia de The Outer Worlds 2 que traz o prólogo da campanha, dando a chance de experimentarmos um pouco do que podemos esperar. Será que o jogo realmente aprimora bastante em relação ao seu antecessor? Confesso que após terminar a build, fiquei muito empolgado pelo que vem aí.

Imagem: Vini Munhoz/Vini Munhoz
Se você está curioso para saber mais do game, confira nossas primeiras impressões abaixo!
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The Outer Worlds 2 parece ter um bom nível de liberdade
Toda vez que ouvimos sobre “liberdade” em jogos, pensamos em algo como Baldur’s Gate 3, mas na maioria das vezes temos algo linear com uma falsa sensação de escolhas e alternativas impactantes, tanto na narrativa quanto no gameplay. Se o que eu vi no começo de The Outer Worlds 2 se manter, temos algo promissor nas mãos.
Na última semana, o Flow Games pôde jogar cerca de 1 hora de The Outer Worlds 2 e ver o início da aventura, desde a criação de personagens a o fim do prólogo que dará o pontapé inicial na aventura. E, de longe, o que mais me chamou atenção é como a experiência mudou com as minhas ações na quest.



Desde os primeiros minutos, escolher seu histórico de personagem e os seus “perks” já parecem ser uma grande escolha, seja Engenharia, Heroísmo, Sorte, Hacker e mais, garantindo opções diversas na travessia do mapa e em diálogos. Até aí, nada que Fallout e Skyrim já não tenham feito, então qual é a novidade?
The Outer Worlds 2 cria uma excelente primeira impressão ao incorporar a todo momento esses elementos. Todas as conversas e caminhos por onde passei no prólogo levaram em consideração traços do meu personagem, gerando rotas, diálogos e momentos bem diferentes.
Houve escolhas contantes, mesmo entre tomar o caminho A ou o B, que gerou cenários novos, interações bem distintas e mudou a maneira como a missão prosseguiu: eu joguei a build 3 vezes e fiz alguns testes, gerando resultados até mesmo com o destino de alguns personagens nesse pequeno trecho.

Imagem: Vini Munhoz/Vini Munhoz
Até mesmo em questões de jogabilidade, The Outer Worlds 2 parece ser bem variado. As partes de stealth, hacking e invasão me trouxeram resultados muito diferentes das de ação pura, cada uma com seu próprio valor e diversão, como transformar as defesas inimigas contra eles. Eu realmente gostei muito do que vi aqui e me empolgou bastante para continuar.
O gunplay, ou o “feeling de atirar”, foi um dos elementos que mais me agradou, com mecânicas satisfatórias, incluindo o DTT que permite desacelerar o tempo momentaneamente, as miras variadas e o impacto de cada arma, além do uso de granadas, comidas e variados itens de efeitos.
Tudo do que eu vi me agradou, parece que toda decisão que eu fiz, desde a criação do meu personagem, teve impacto no mundo. Ao que tudo indica, The Outer Worlds 2 parece ter um grande nível de liberdade. Se (e um grande se) isso se manter por toda a campanha, teremos um jogaço no futuro. Mas essa é a parte mais difícil, convenhamos.


Muito mais polido e alto calibre do que pensei
Mais cedo neste ano, a Microsoft assustou os jogadores ao aumentar o preço de seus jogos para US$ 80 a partir do fim de 2025 e The Outer Worlds 2 seria o primeiro a chegar mais caro, mas a decisão acabou revogada. E, caso isso se mantivesse, esse é um game que aparenta ser de alto orçamento? Aparentemente, sim.
Não sei se por uma barra de qualidade baixa do que vemos nos últimos tempos, mas The Outer Worlds 2 é muito mais polido, belo e recheado de retoques do que imaginei. Muitos dos diálogos são bem-feitos, há animações para várias atividades do mundo, como hackear, desbloquear cofres e ações contextuais de missões e muito mais.

Imagem: Vini Munhoz/Vini Munhoz
Para termos de comparação, a qualidade de animações aqui parece algo nos moldes de Cyberpunk 2077, em que você vê muito dos braços e pernas do personagem ao realizar atividades. Outro detalhe interessante é que em alguns momentos há diálogos em relação ao que você faz.
Como exemplo, no início de The Outer Worlds 2 eu pulei da sacada da nave em vez de usar as escadas e um dos personagens disse “ok, essa é uma maneira diferente e mais rápida de descer”. São pequenos detalhes, mas que agregam uma experiência mais premium de um grande AAA.

Imagem: Vini Munhoz/Vini Munhoz
Graficamente muito competente e parece rodar bem
Não diria que The Outer Worlds 2 é o jogo mais bonito que já joguei, mas ele certamente é bem bonito, não só em sua direção de arte (inclusive, há bastante violência igual vemos em Fallout), mas também em quesitos técnicos, esbanjando recursos tecnológicos interessante, com o Ray Tracing.

Imagem: Vini Munhoz/Vini Munhoz
Em uma GeForce RTX 5080, em 1440p e tudo no Ultra, eu tive cerca de 90 fps com o DLSS no modo Qualidade (e sem uso de geração de frames). Com o Frame Generation ativo, esse número chegou próximo dos 140 fps com margem de folga. Novamente, você pode desativar o ray tracing e diminuir alguns presets para ter um desempenho interessante.
Outro recurso que gostaria de ressaltar em The Outer Worlds 2 é a possibilidade de mitigar problema de cinetose para quem tem problemas em jogar em primeira pessoa. Não só há dois tipos de modos em terceira pessoa (eles são meio estranhos e truncados, mas passam de ano), como também há diversos recursos de acessibilidade, incluindo redução de elementos que possam causar enjoo. Ponto positivo!




The Outer Worlds 2 pode ser uma das grandes surpresas de 2025
Sem dúvidas, 2025 tem sido um ano de surpresas. The Outer Worlds 2 parecia um bom jogo, mas ainda estava fora do meu radar. Mesmo sendo pouquíssimo tempo com um RPG grande, ter um gostinho de 1 hora para demonstrar essas mecânicas e sistemas foram o suficiente para chamar minha atenção.

Imagem: Vini Munhoz/Vini Munhoz
Grandiosidade, gráficos bons, bastante liberdade e consequências de ações (seja em diálogos ou no gameplay) me parece uma fórmula vitoriosa para atingir o sucesso. Se as expectativas forem atendidas (e vale o pé atrás, já que Avowed também parecia muito promissor), outubro pode ser marcado com um grande game da Obsidian.
The Outer Worlds 2 parece acertar as notas corretas para o estilo de RPG em primeira pessoa que a Bethesda popularizou, do humor à liberdade, e não poderia estar mais empolgado. Será?
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