
Review: Onimusha 2 retorna e traz algumas boas melhorias
Onimusha 2 ganhou uma versão remasterizada, mas ela vale a pena? Veja o que mudou
Imagem: Capcom
p style="font-weight: 400;">Com Onimusha The Way of the Sword revelado no ano passado, muitos jogadores se interessaram pela franquia da Capcom do PS2 e, agora, Onimusha 2 é o novo jogo da série que ganhou uma remasterização em maio – após 6 anos do primeiro título receber a revitalização.
Assim como o primeiro game, a sequência remasterizada pela Capcom serve como porta de entrada para a franquia e agora pode ser um momento perfeito para se preparar para conhecer o universo de demônios e samurais. Mas, afinal, o que muda e o que é Onimusha 2?

Imagem: Vinícius Munhoz/Flow Games
O Flow Games já jogou e traz o review para vocês. Confira!
Onimusha 2: um game que divide a franquia
Se você nunca jogou Onimusha, o primeiro título se assemelha em certo nível como um “Resident Evil de samurai contra demônios”. É uma descrição curta e grosseira, mas dá um panorama rápido para quem nunca ouviu falar. Entretanto, a franquia tem seu próprio DNA e vale sua atenção.
Enquanto o jogo original centrava a progressão em cenários fechados e progressão com puzzles, similar a um Resident Evil, Onimusha 2 partiu para uma abordagem com múltiplos personagens, cenários distintos e até mesmo uma narrativa com desdobramentos diferenciados dependendo de algumas ações do protagonista.

Imagem: Vinícius Munhoz/Flow Games
Embora Onimusha 2 seja uma sequência, ele foi desenvolvido paralelamente ao primeiro game e, para muitos, mais parece um spin-off, com múltiplos personagens de suporte (e até jogáveis) e uma história independente de seu antecessor.
Quando comparado lado a lado com os outros da trilogia (com Dawn of Dreams e alguns spin-off de fora), Onimusha 2 é uma entrada curiosa da série e a que mais se diferencia.
Há mecânicas de presentes para seus companheiros, quase como um “simulador de relacionamento”, que impacta quem vai ajudá-lo em diversos momentos da trama (e até mudar parte do enredo), mais foco no fator replay e alguns elementos bem distintos quando misturado ao pacote da série.

Imagem: Vinícius Munhoz/Flow Games
Esses fatores tornam Onimusha 2 um jogo que divide as opiniões dos fãs e não necessariamente traz a “experiência clássica”, mas se tornou um exemplo sólido e criativo no portfólio da Capcom. Caso já tenha jogado o primeiro título, que está remasterizado desde 2019, o segundo game é uma experiência interessante.
Honestamente, nunca fui muito fã dessa sequência, mas a remasterização abriu meus olhos para os planos ambiciosos da Capcom na época. Ainda o acho inferior ao 1 e ao 3, especialmente por problemas no ritmo da campanha e sistemas desnecessariamente morosos, mas há bastante valor. Mas, dito isso, o que há de novo por aqui?
O que muda do original? Melhorias de vida e gráficas
Como qualquer remaster que se preze, Onimusha 2 traz, obviamente, gráficos aprimorados. Esse é o básico, mas há algumas adições, especialmente em utilidades que removem antigas irritações ou mitigam problemas que ficaram datados.
Mas vamos ao básico primeiro? Nos aspectos visuais, Onimusha 2 Remastered traz upscale de todas as texturas do game original, proporção 16:9, cutscenes restauradas, interface aprimorada e mais. Eu gostei do que vi e acho um trabalho bem competente, mas não gostei que a proporção em 16:9 corta verticalmente a imagem e adiciona um zoom para encaixar o enquadramento.
Não sabemos a resolução e framerate em todos os consoles (afinal, o PS4 pode ser diferente do Switch e o PS5 pode rodar com aprimoramentos), mas no PC o limite da taxa de quadros é de 60 fps, que, honestamente, é o suficiente para esse jogo.

Imagem: Vinícius Munhoz/Flow Games
Apesar de não oferecer muito em quesitos visuais, Onimusha 2 Remastered ganhou uma boa dose de novidades. A primeira (e talvez mais importante) delas é que agora finalmente existem legendas em português do Brasil, algo que não é muito comum em relançamentos como esse.
E, além das novas opções de idioma, há novos atalhos para mudar armas a qualquer momento (e, portanto, sem precisar acionar o menu de pause), a possibilidade de pular qualquer cutscene, opção de auto-save, um novo Modo Fácil (e um modo Inferno em que o jogador morre em um ataque) e mais.

Imagem: Vinícius Munhoz/Flow Games
Por fim, há uma mudança no gameplay que parece pequena, mas ajuda bastante: ativar a barra de Onimusha na hora que você quiser. No Onimusha 2 original, ao coletar o quinto orbe roxo, Jubei automaticamente se transformava em um ser poderoso e capaz de desferir golpes mais rápidos e potentes.
O problema? Isso poderia ser em uma área com inimigos comuns ou contra um chefão, adicionando uma aleatoriedade pouco desejada. Na versão remasterizada, você sempre coletará os orbes, mas escolhe o momento da transformação, garantindo que ela sempre ocorra no momento desejado pelo jogador – uma excelente qualidade de vida!

Imagem: Vinícius Munhoz/Flow Games
Onimusha 2 Remastered parece bom, mas o preço é um pouco salgado
Do que jogamos, Onimusha 2 parece uma remasterização sólida: gráficos aprimorados, cutscenes com qualidade melhor, controles adaptados de uma maneira satisfatória, legendas em PT-BR (amém) e, como sempre, também é uma forma de preservar parte do catálogo da Capcom em consoles modernos.

Imagem: Vinícius Munhoz/Flow Games
O pacote é bom, com extras e até conquistas, mas não é o conteúdo que está na mira do maior ponto negativo, mas sim a forma que é oferecido aos jogadores. O primeiro Onimusha custa hoje R$ 79,90, que já é um valor um pouco acima do que muitos consideram justo, mas Onimusha 2 chegará por R$ 129,90, um preço salgado para um relançamento de PS2.
Coletâneas e outras antologias da Capcom já têm chegado por um valor um pouco acima do normal, mas entregam um combo interessante de títulos. Já Onimusha 2, em contrapartida, é apenas um game de uma série com ao menos 4 jogos principais (e ainda aguardo que Onimusha 3 e Dawn of Dreams surjam no futuro).

Imagem: Vinícius Munhoz/Flow Games
E, apesar de ter adições impactantes que melhoram a experiência (algo que você não encontraria ao rejogar no PS2), ainda é um preço um pouco acima do esperado. Como exemplo, a coletânea inteira de Devil May Cry sai mais barata que isso – e até mesmo Devil May Cry 5, um game moderno da companhia, custa R$ 99.
Onimusha 2 vale a pena?
Embora Onimusha 2 tenha uma reputação mista e, hoje em dia, muitos fãs o consideram o melhor da série, não sou o maior fã da aventura de Jubei. A remasterização me deu uma nova perspectiva pelo título e, de fato, há sistemas e mecânicas à frente de seu tempo.
Ver tudo isso em HD e 16:9 (apesar de haver problemas em esticar a imagem), em PT-BR e com melhorias de vida significativas no gameplay, de fato o game tem seu valor. Ainda assim, não o considero o mais interessante da série e o ritmo pode ser inconsistente. Divertido, ambicioso, mas nem tudo se concatena tão bem.
Onimusha 2 chegou ao PC, PS4 (retrocompatível no PS5), Nintendo Switch e Xbox One no dia 23 de maio

Onimusha 2: Samurai's Destiny Remaster
Publisher: Capcom
Desenvolvedora: Capcom
Plataformas: PC, PS4, Nintendo Switch e Xbox One
Lançamento: 23/05/2025
Tempo de review: 10 horas
Onimusha 2 é uma boa remasterização, com gráficos melhores, legendas PT-BR e até melhorias de vida, mas o segundo game ainda divide opiniões.
Prós
- Um clássico do PS2 que vale a pena conhecer
- Bom trabalho de remasterização visual
- Material bônus, como galerias e dificuldades novas
- Melhorias de vida e mecânicas no gameplay
Contras
- Preço um pouco salgado
- Proporção 16:9 corta a imagem
- Ambicioso, mas tem problemas de ritmo
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