Jogamos Monster Hunter Wilds: o melhor da franquia até agora
Em uma visita aos escritórios da Capcom, o Flow Games pôde testar pela primeira vez as novidades de Monster Hunter Wilds! Confir
onster Hunter Wilds é a grande aposta da Capcom para o ano de 2025. A franquia que mais vendeu cópias nos últimos anos da empresa volta forte, com novo visual e mudanças significativas no gameplay, sempre pensando em agregar mais e mais jogadores ao complexo, porém, muito viciante, mundo de Monster Hunter.
Fomos convidados a uma rápida visita aos escritórios da Capcom, em São Francisco, para experimentarmos toda a emoção da caçada em Monster Hunter Wilds. Foi a primeira vez que uma demo do jogo estava disponível para testes (um dia antes da Gamescom) e a expectativa para o lançamento (em 2025) é bastante alta.
Muito mais conteúdo para um jogador
A demonstração de Monster Hunter Wilds era dividida em duas partes. Uma primeira focada na campanha para um jogador; a outra demonstração era uma caçada cooperativa com os demais jornalistas do recinto – e um monstro mais difícil, óbvio. Só que as principais mudanças dessa demonstração especial se mostraram presentes no modo para um jogador, completamente remodelado.
A campanha do jogo adicionou falas para o caçador controlado pelo jogador. Sim, agora ele fala e interage de uma forma mais natural com o mundo à sua volta. Ele possui uma personalidade própria e segue bem de perto o roteiro do game. Em termos práticos, não importa a personalização, o seu caçador será um personagem da narrativa.
Toda a demo de Monster Hunter Wilds foi recheada de momentos que alternavam em cutscenes e gameplay. Fluidez absoluta graças a RE Engine, o motor gráfico da Capcom que vem fazendo milagres em suas franquias. Lembrando também que esse motor gráfico já era utilizado (de outra maneira) em Monster Hunter Rise, lançado originalmente no Nintendo Switch – o MonHun World foi entregue na MT Framework.
A gente começa já impedindo que um bando de Balahara (monstro inédito na franquia, que nada entre as areias do deserto) ataquem uma garotinha em fuga. Após o salvamento heroico – de quebra controlando um Seikret pela primeira vez (a sua nova montaria) – somos apresentados à nossa missão oficial: salvar o seu irmão que estava enfrentando um Chatacabra sozinho.
Outra grande mudança aqui sobre qualidade de vida dentro de Monster Hunter Wilds: a perseguição até o local da missão pode ser feita de forma automática pelo seu Seikret. Estamos sob o controle do jogo o tempo inteiro, mas o game dá a opção de sermos levado de forma automática até o nosso objetivo (seguindo todo o trajeto iluminado por aqueles vaga-lumes verdes).
Imagine algo parecido com o formato de guia automático de montaria em jogos como Assassin’s Creed ou Red Dead Redemption. Às vezes é só isso que precisamos para mantermos o foco na missão e não nos distrairmos com qualquer coisa que apareça no mapa de repente. E vai por mim, coisas vão acontecer aleatoriamente no mapa a todo momento.
Ao chegar no local, nosso primeiro alvo: o Chatacabra, um anfíbio que parece ter a pele bastante grossa e uma língua gigante. Nenhum problema para enfrentá-lo, e de quebra, deu para experimentar algumas novidades do combate de Monster Hunter Wilds.
O Focus Mode de Monster Hunter Wilds é um modo acionado com o L2 que automaticamente mostra alguns pontos fracos do monstro. Quando ativado (sem o custo de nenhuma barra), ele faz seus ataques acertarem exatamente os pontos em vermelho marcados no monstro. Durante o Focus também podemos utilizar um ataque especial que causa um dano devastador ao monstro.
O combate está mais ágil, a mobilidade do personagem parece ter aumentado, ao mesmo tempo que mantém muito da estratégia clássica do jogo. Temos sim que esquivar, nos preocupar com o fôlego do personagem e também com a afiação da nossa arma. Mas ganhamos novas ferramentas de combate, algumas armas foram melhoradas e entregam mais benefícios do que nunca. O combate ficou crocante demais.
Ah, antes de finalizarmos o teste do modo história de Monster Hunter Wilds, testamos também o novo S.O.S. com NPCs. Eles vêm ao seu resgate e entram na batalha sem dó nem piedade. Talvez o Chatacabra não merecesse tanta porrada no final.
Depois de um papinho e uma introdução aos personagens, voltamos para o acampamento e a demonstração chega ao fim. Era hora de testar uma caçada de verdade em Monster Hunter Wilds.
As grandes caçadas de Monster Hunter Wilds
Um dos principais focos de Monster Hunter sempre foi a caçada por esporte. É meio cruel de se pensar, mas o design de monstros faz de tudo para tirar a nossa culpa. Quase todos os monstros de Monster Hunter Wilds parecem calamidades ambulantes, e aí fica fácil juntar uma equipe e ir atrás das recompensas – novas armas e armaduras, principalmente.
Monster Hunter Wilds segue a fórmula e adiciona mais monstros para o jogador se digladiar. Até o momento são mais de 10 monstros inéditos apresentados no game, e com certeza muitos outros virão. Em nosso teste multiplayer, fomos em busca do Doshaguma, um tipo de “urso-leão-macaco” gigante, e que não andava sozinho.
Apresentado pela primeira vez em Wilds, temos os bandos selvagens de monstros. Eles andam em grupo, e o ideal é separá-los para enfrentar apenas o Alpha, caso contrário as coisas podem complicar ainda mais.
Aqui o plot twist: nossa sessão de multiplayer, infelizmente, foi cancelada nos testes locais, já que a configuração dos consoles ligados na mesma rede causavam um crash no jogo, impossibilitando a jogatina sem imprevistos. No entanto, cada um dos presentes caçou um bando de Doshagumas, enfrentando sozinhos o mundo de Monster Hunter e os perigos que viriam a atrapalhar a nossa caçada.
Ao iniciarmos o mapa, outra grande mudança: não somos mais transportados do acampamento para a caçada. É como se tudo estivesse no mesmo mapa, desde o começo. Não experimentei voltar para o acampamento para reabastecer nenhuma vez, mas porque isso não se fez necessário, já que nosso Seikret consegue carregar em sua bolsa uma quantidade satisfatória de itens extras, inclusive, uma segunda arma, caso venha a acontecer da gente se arrepender da escolha inicial. E a troca de armas acontece no mapa da caçada mesmo, só é preciso estar montado no Seikret.
Encontrar o bando foi fácil, dada a nova mecânica da busca automática de Monster Hunter Wilds. O que ninguém tinha comentado até então é que a fauna estaria repleta de predadores locais, inclusive um Rey Dau, o predador Apex do jogo, que apareceu na partida do colega ao lado e levou ambos, caçador e presa, com uma única rajada elétrica.
No meu jogo vieram um Chatacabra e alguns Balahara que eu preferi não enfrentar ao mesmo tempo que o Doshaguma. Fora esses convidados indesejados, era necessário espantar o bando de Doshagumas algumas vezes durante a caçada. A bomba de fumaça especial indicada para isso era limitada, então errar não era uma opção.
O combate no geral foi bem tranquilo. Qualquer jogador que tenha experimentado Monster Hunter no passado, se sentiria em casa. Para os novatos, todas as novas ferramentas de combate ajudam a manter a ação em todos os momentos, mesmo naqueles em que a nossa presa decide escapar para o seu esconderijo e precisamos persegui-la mapa afora.
A nossa demonstração de Monster Hunter Wilds acabava exatamente depois de vencermos Doshaguma.
É como se tudo que atrapalhasse o dinamismo de Monster Hunter tivesse sido deixado de lado. Aconteceu algo semelhante em Monhun World, mas em comparação direta, a galera foi muito além em Monter Hunter Wilds. Mudanças extremamente bem-vindas que não tiraram a diversão do game, muito pelo contrário. E tenho certeza que teremos muito mais novidades até o seu lançamento, previsto para algum momento de 2025. Só vem!
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