
Preview: Killer Inn quer ser o Among Us da Square Enix
Testamos 2 horas de Killer Inn, a mais nova aposta online da Square Enix
Imagem: Square Enix
uem viveu a pandemia do coronavírus deve se lembrar bem que, entre os videogames, pouca coisa bombou mais do que Among Us. No auge do isolamento social, desde políticos até os seus amigos da escola, passando por pro players e influencers, todo mundo teve que lidar com Among Us, seja a gosto ou contragosto. Foi um fenômeno que veio, teve lá a sua importância mas, para todos os efeitos, já passou.
Como os jogos de videogame possuem longos ciclos de desenvolvimento, cá estamos nós, em julho de 2025, testando Killer Inn, um novo jogo online da Square Enix que tira as suas maiores inspirações justamente de… pois é, Among Us.
Ainda mais intrigante é ver como, na prática, Killer Inn não hesita em deixar mais complexa uma fórmula social que conquistou tantas pessoas justamente por sua simplicidade. Isso ficou mais do que evidente em nosso teste online com jogadores de todo o mundo. Veja o que achamos dessas 2 horinhas com Killer Inn na nossa prévia completa a seguir.
Como foi a nossa hospedagem no Killer Inn?
Eu não invejo o trabalho do pessoal da Square Enix responsável por coordenar as partidas de teste para a imprensa. Com dezenas de influenciadores, jornalistas e jogadores concentrados em um canal no Discord, era preciso separar grupos de 24 deles para formar os lobbies das partidas, e então migrar a conversa para o chat por voz interno do game.
Só o processo de organizar as partidas consumiu quase metade do nosso tempo de teste, então tomara que, na hora da verdade, o matchmaking consiga fluir de forma mais ágil. Mas a complexidade da experiência não ficou apenas nisso, já que o próprio design do jogo exige umas boas linhas para ser explicado.
Basicamente os participantes são divididos sempre em dois times: o das ovelhas, mais numeroso, e o dos lobos. Como você deve ter imaginado quando falamos em Among Us, as ovelhas são sobreviventes inocentes que devem cumprir missões, enquanto os lobos andam incógnitos ao seu lado buscando as melhores janelas de assassinato.
Idealmente, o lobo tentará matar as ovelhas sem ser descoberto. Se a ovelha desconfiar de alguém, basta atacá-lo, mas isso exige muita cautela: afinal, basta uma acusação errada e você é punido sendo transformado em estátua e ficando de fora do restante da partida.
Até aí, parece simples o suficiente, e de fato é mesmo, mas na hora de temperar esse caldo, o jogo parece ter ficado um tanto soterrado por suas mecânicas, como explicaremos a seguir.
Killer Inn é mais confuso do que precisava ser
Jogado sempre em terceira pessoa, Killer Inn possui uma boa variedade de avatares diferentes para você escolher com quem jogar. Ecletismo não falta, e o time de Killer Inn parece ter tentado contemplar todas as demografias e ideologias ao mesmo tempo. Você vai ter desde personagens com fanservice e calcinhas à mostra até representações de minorias, o que gera um contraste até que engraçado e, de certa forma, único.
Até onde eu vi, cada avatar parece ter pequenas diferenças entre si com buffs do tipo andar mais silenciosamente ou ter maior resistência a certos efeitos, mas eu não senti que isso importava muito. No fim das contas, o que importa mesmo é ser ovelha ou lobo, o que é determinado ao acaso no começo da partida.
Uma vez que a partida começa, a primeira coisa que você precisa fazer é buscar por lojinhas no lobby do hotel, onde o vendedor oferecerá missões que, por sua vez, garantem recompensas. Os objetivos não são lá muito variados, e no geral é aquele velho esquema office boy de “vá do ponto A ao ponto B”, sendo que às vezes o ponto B envolve resolver um puzzle simples.
Então você vai fazendo isso e subindo de nível, ganhando dinheiro e itens que podem ser usados para abrir os baús espalhados pelo mapa. Lá, claro, você vai encontrar itens especiais para ajudar na sua sobrevivência, mas o vendedor também comercializa uma ampla variedade de armaduras, acessórios e armas para garantir que você possa se virar.
Curiosamente, mesmo com dezenas de itens à disposição, eu achei que a forma mais eficiente de matar alguém é usando uma faquinha até que bem barata, já que ela garante insta-kill caso você engaje com alguém pelas costas, o que é muito mais interessante do que entrar em um tiroteio barulhento. Ainda assim, quando a ação escala, o gameplay não é tão diferente de um Fortnite da vida, e atirar é competente o suficiete.

Imagem: Square Enix
Você provavelmente deve estar se perguntando como diabos as ovelhas poderiam descobrir quem é ou não um lobo, e isso é feito investigando os cadáveres que os lobos deixam por aí.
Basicamente, todo corpo caído é destacado no mapa e pode e deve ser investigado pelas ovelhas, já que, ao fazer isso, o jogo explicitamente mostrará alguns suspeitos baseado em suas impressões digitais, pedaços de roupa ou mesmo fios de cabelo. A ideia é que, quanto mais gente morre, mais fácil fica descobrir os culpados, tornando as coisas mais tensas ao longo da progressão natural.
Se as ovelhas estiverem suficientemente armadas e poderosas, também vale a pena tentar destruir os guardiões que rondam o hotel e que podem liberar uma rota de fuga antecipada. Ou seja, há bastante coisa acontecendo o tempo todo. Talvez coisa até demais para o que deveria ser um jogo social mais simples….
O que esperar de Killer Inn?
Quem acompanha o noticiário vê que volta e meia a Square Enix reclama com seus acionistas sobre desempenhos de venda aquém do esperado, prometendo mudar a sua estratégia para uma abordagem mais multiplataforma e com projetos melhor selecionados.
Eu posso estar errado, claro, mas por Killer Inn surfar no sucesso de Among Us (um jogo que já está muito, mas muito longe de seu auge de popularidade), e por tentar tornar bem mais complexo um gameplay que atraía justamente pela simplicidade, parece improvável imaginar que o grande público tenha boa vontade de abraçar Killer Inn e ajudá-lo a viralizar.
Seja como for, Killer Inn terá um beta fechado entre os dias 25 e 28 de julho. Quem sabe o público responde positivamente por lá e o game dá uma guinada mais positiva? Afinal, quando o jogo funciona e você entende todos os sistemas, até existe diversão por lá. Mas o custo de tempo e dedicação ainda me parece mais alto que a recompensa.
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