Preview: Crimson Desert pode ser uma grande surpresa em 2025

Recentemente, o Flow Games teve a oportunidade de jogar uma build e testar cerca de 1 hora do jogo, assim como dar uma olhada em patês mais avançadas de Crimson Desert. Está curioso para saber do que realmente se trata a experiência? Confira abaixo!

• Se você está procurando um PS5, não deixe de conferir o menor preço no Low Games!

Crimson Desert: mais Tekken do que RPG e muita complexidade na ação

Você talvez não saiba, mas alguns jornalistas e fãs ao redor do globo já tiveram a chance de experimentar Crimson Desert em eventos, como a Gamescom e Summer Game Fest. E, embora as opiniões variem, uma coisa que parece unânime era o complicado e complexo sistema de combate.

Durante a jogatina, Will Powers, PR da Pearl Abyss da América, demonstrou bastante a quantidade gigantesca de combos e combinações de botões que os jogadores podem fazer: somente em agarrões, há mais de 7 opções que o protagonista pode fazer, seja movendo o analógico para os lados, no ar, com os inimigos no chão e por aí vai.

Durante a demonstração, vimos que há um sistema de magia muito robusto em Crimson Desert. Você pode, por exemplo, imbuir a sua espada com fogo e realizar combos impressionantes que vão queimar até mesmo elementos do cenário (ou, quem sabe, colocar gelo e congelar inimigos, lagos e mais objetos).

Imagem: Pearl Abyss

Isso tudo sem contar os chefões! A demo que testei trazia 4 batalhas especiais, cada uma delas com suas particularidades, seja inimigos mais “convencionais” humanos a monstrengos enormes que mais se pareciam com um puzzle à la Shadow of the Colossus.

Tudo que vi foi muito, mas muito empolgante. Esse é apenas um recorte e poderia passar um bom tempo comentando sobre pegar pilastras (sim, de concreto) para atacar chefões, invocar uma chuva de artilharia aliada no campo de batalha, desvios perfeitos, parry e muito mais.

Sim, há botões de ataques básicos e ataques fortes, mas Crimson Desert parece beber mais da fonte de jogos de luta do que títulos de ação convencional, trazendo uma grande combinação de movimentos e botões. E, justamente por isso, jogar um recorte talvez não faça jus à qualidade ou potencial da experiência.

Imagem: Pearl Abyss

Eu realmente fiquei impressionado com o que foi demonstrado por Will Powers e parece um gameplay surpreendentemente ambicioso, completo e divertido. E jogar? Jogar não foi igual, mas é compreensível: me senti como se nunca tivesse encostado em um soulslike e de repente estivesse em algum momento do meio da campanha.

Crimson Desert não é um soulslike (mas ele tem uma boa dose de dificuldade) e essa é uma mera analogia de que, sem a progressão natural em uma experiência mais complexa, é um tanto sufocante e confuso. Honestamente, eu não acho que isso deva ser um problema no jogo final, apenas um contraponto do modelo de teste.

Afinal, é uma experiência que aparenta ser ambiciosa e bem além do que andamos vendo por aí, não são alguns minutos que vão entregar tudo que preciso saber. Porém, o que mais me chamou atenção foram os elementos que ainda não vimos nas demonstrações: o mundo aberto e como Crimson Desert vai progredir em missões.

Imagem: Pearl Abyss

Um potencial competidor do título “atual geração”

Tudo que comentarei a seguir não são impressões de gameplay, vale reforçar. Embora tenha jogado por 1 hora e testado o combate, a build de exploração e missões foi um hands off, ou seja, jogado pelo representante da Pearl Abyss, para mostrar mais do que esperar da experiência “convencional” da campanha.

Honestamente, essa é a parte que mais me intriga. Trailers já demonstraram destruição de cenário, mapa aberto enorme (algo reforçado no hands off), mini games, quests e muito mais, mas ainda paira a dúvida do que ele é. O que sabemos por ora é que RPG não é o gênero com o qual ele se define.

Imagem: Pearl Abyss

Pense em algo como um Assassin’s Creed, mas com uma temática fantasiosa mais pé no chão. A premissa parte daí, mas Crimson Desert parece oferecer muito mais. Durante a apresentação, o representante da Pearl Abyss nos mostrou partes de uma missão.

O mais impressionante foram os aspectos visuais e como BlackSpace Engine e a interação física do mundo. A água é simulada de forma apropriada, tiros de canhões podem destruir estruturas, magias interagem com o cenário de diversas maneiras (vimos a interação com combate, mas talvez funcione para travessias), objetos podem ser utilizados para as batalhas e muito mais.

O calibre do mundo aberto de Crimson Desert também foi outro ponto que chamou bastante atenção com um mundo aberto realmente vasto – mas temos que ver se há atividades e conteúdo que justifiquem esse espaço enorme.

Imagem: Pearl Abyss

A build que jogamos também tinha uma variedade de chefões diferentes, com táticas diferentes, mecânicas distintas e com cenários muito únicos, seja uma ilha, uma plantação alta ou uma arena no gelo. Você já deve ter visto a batalha contra o caranguejo gigante e ela realmente exige muitas mecânicas para completar.

O que me chamou atenção é o quanto de recursos, como simulação, animações e gráficos, Crimson Desert oferece, parecendo realmente um game digno da atual geração – que até hoje não se provou tanto. Porém, vale ressaltar que vimos as builds rodando em um PC top de linha e não sabemos bem como será a experiência nos consoles. Bom, também não sabemos de outras coisas.

Imagem: Pearl Abyss

Crimson Desert parece bastante promissor, mas ainda sabemos pouco

Tudo de Crimson Desert parece promissor, dos trailers aos gameplays divulgados, e agora com o que vi e joguei. Porém, até o momento parece que eu só tive vislumbre de fragmentos: pílulas do combate, segundos em um vídeo que mostrou mini games, alguns momentos de travessia do mundo, um pouco da exploração.

Mas repare que isso tudo nunca foi exibido de forma concatenada, concisa, em um vídeo de jogabilidade mais extenso, longo e representativo do que realmente é a experiência. Jogar e experimentar Crimson Desert me reconfortou e renovou minha antecipação pelo jogo coreano, mas ainda não sanou minhas dúvidas completamente.

Imagem: Pearl Abyss

Talvez não por culpa dele, mas de uma indústria que tem prometido muito e entregado pouco, eu ainda quero ver mais, quero observar a experiência orgânica e entender melhor como realmente será essa campanha promissora, especialmente em um título que foi adiado múltiplas vezes.

Sim, ver em tempo real, na minha frente, traz conforto e me assegura que, ao menos parte de toda essa ambição é real e estava rodando com o controle nas minhas mãos, mas ainda é um recorte pequeno. Crimson Desert parece ter um enorme potencial latente de atual geração, mas ainda precisa esclarecer o que ele realmente é.