PC vs. videogames: os prós e contras de cada um
Os PCs e videogames são ótimas plataformas para jogar e o Flow Games listou os prós e contras de cada uma
ntre os jogadores, existe uma velha discussão sobre qual é a melhor plataforma para se jogar. Enquanto alguns defendem que os videogames são perfeitos para isso e enxergam PCs como estação de trabalho, outros consideram o PC a opção melhor e mais completa.
O Flow Games, pensando até mesmo em esquentar essa discussão, resolveu reunir quais são os principais pontos positivos e negativos de cada plataforma. Vamos a eles!
Videogames vs. PCs
Praticidade
Uma das grandes vantagens nos videogames é que, basicamente, ao ligá-lo, os jogadores já podem começar a rodar os seus jogos. É claro que, às vezes, uma atualização de software pode aparecer e atrasar tudo, mas os menus são práticos e deixam pouca margem para que os jogadores cometam algum erro.
Não somente isso, a interface dos sistemas dos videogames são bem convidativas e deixam claro que a jogatina é que vem em primeiro lugar.
Por outro lado, nos PCs, os jogadores, ao menos quando acabam de instalar o sistema desejado (quase sempre o Windows), precisam configurar quase tudo. Um exemplo simples consiste em deixar os drivers atualizados. O processo pode até ser fácil de ser realizado atualmente, mas pode ser amedrontador para pessoas menos experientes.
Uma vez que o PC está configurado, os jogadores até possuem meios de ter uma interface convidativa, usando por exemplo o Steam Big Picture. Entretanto, aqui, mais uma vez é necessário algum conhecimento do que está sendo feito ou pesquisas para saber que tal recurso existe.
O Windows 11 até estava previsto para receber um recurso que permitiria o seu controle através de um joystick, mas ele não chegou a fazer sua estreia e nem ganhou muitos detalhes.
Onde comprar os jogos e preços
Os videogames vêm com suas lojas praticamente prontas para que o jogador apenas ligue o console e comece a comprar seus jogos digitalmente. Isso, por um lado, é positivo, uma vez que facilita encontrar um título desejado, mas também tem seu ponto negativo.
Além de comprar os jogos diretamente nas lojas oficiais dos videogames, os jogadores também podem recorrer a lojas de terceiros. Mas o grande problema é que, de toda forma, o jogo é sempre resgatado no mesmo local, ou seja, na loja oficial do console. Isso implica em menos opções de lojas e, consequentemente, menos acesso a preços diferentes.
Por fim, ainda em relação aos videogames, para o lado positivo, os jogadores tem a opção de comprar os jogos em mídia física, algo cada vez mais raro nos PCs, que só vemos geralmente quando uma edição especial é anunciada.
Nos PCs, por sua vez, a quantidade de lojas digitais independentes acaba sendo maior, como é o caso de Epic Games, Steam, GOG e Microsoft Store. Além destas, existem os revendedores oficiais que, às vezes, até trazem opções de parcelar a compra, como a Nuuvem (sim, lembramos que eles vendem jogos de outras plataformas).
De todo jeito, no PC, a situação toda acaba sendo um pouco menos descentralizada e, por isso, muitos serviços acabam possuindo ofertas bem distintas e com preços mais em conta.
Além dessa questão, no PC, diferentemente dos consoles, os jogadores conseguem economizar um pouco por não terem que assinar serviços para jogar online, a não ser em casos de jogos que requerem assinaturas, como, por exemplo, o Final Fantasy XIV.
Controles compatíveis
Ao comprar um videogame, automaticamente, o jogador também está levando para a sua casa um controle que é compatível com todos os jogos (ou quase isso). Além disso, claro, o jogador também pode ir atrás de controles de terceiros e até periféricos, como volantes, para melhorar a sua experiência.
Apesar de ter um certo nível de liberdade, a verdade é que a maioria dos controles possuem algumas restrições quanto ao seu uso nos videogames. Por exemplo, alguns modelos são compatíveis apenas com o PlayStation ou com o Nintendo Switch, sendo que isso não ocorre tanto no PC.
No PC, a verdade seja dita, apesar dele dar praticamente suporte a qualquer controle usado nos videogames nem sempre o processo é automático. Por exemplo, o DualSense depende da Steam ou até mesmo de aplicativos de terceiros para funcionar nos jogos, sendo que muitas vezes ainda assim não é reconhecido. Aí entram programas que, por exemplo, podem emulá-lo como um controle do Xbox.
Mesmo funcionando em alguns jogos, outro ponto a ser notado, novamente no caso do DualSense no PC, é que nem todos são recursos são aproveitados sempre. Os jogos da Sony até podem fazer os gatilhos adaptativos funcionar, mas outros títulos ignorarão esse tipo de recurso.
De todo jeito, aqui o PC ainda ganha por permitir, mesmo que de forma não tão prática, o uso de qualquer controle. Além disso, nos computadores, os jogadores podem usar o teclado e mouse, que possuem um uso bem restrito nos videogames.
Gráficos
Com a chegada da atual geração de consoles, os jogadores até ganharam algumas opções para mudar os gráficos de seus jogos. Aqui, as opções referentes a isso ainda são restritas, mas é fato que o seu videogame conseguirá rodar o jogo com uma qualidade aceitável (vamos esquecer lançamentos desastrosos, ok?).
Além das opções gráficas nos videogames serem escassas, vale notar que elas se aplicam a questões mais como taxa de quadros e resolução. Elas, é verdade, até alteram os gráficos para pior no modo desempenho, mas não deixam o jogador as customizar, por exemplo, seus parâmetros de texturas, sombras, ray tracing e outros elementos.
Nos PCs, a história acaba sendo diferente e tem tanto um lado positivo quanto negativo. Para começar, do lado positivo, a maioria dos jogos permitem que as suas qualidades gráficas sejam colocadas no máximo, que na prática significam jogos mais bonitos. Na maior parte das vezes, o jogador pode, por exemplo, alterar a sua resolução, taxa de quadros, qualidade das texturas, sombras e outros inúmeros pontos.
Do lado negativo, entretanto, a verdade é que nem sempre o hardware do PC do jogador dará conta de rodar tudo no máximo e, caso o jogador tenha exagerado, quedas de FPS serão vistas. Outro ponto a ser lembrado é que, além de precisar de um certo conhecimento quanto a estas configurações, muitas vezes os jogos não trazem nenhum “medidor” para alertar sobre a limitação de hardware, como o de consumo de VRAM.
Já um ponto positivo, ao menos para aqueles com placas da Nvidia, é que a empresa disponibiliza no aplicativo uma função que otimiza a parte gráfica do jogo de acordo com seu hardware.
Preço do hardware
A questão de preço é um assunto delicado, mas os videogames, ao menos para oferecer uma boa experiência, conseguem se sobressair um pouco. Na data de publicação desta matéria, indo do Nintendo Switch ao PlayStation 5 e Xbox Series X/S, os preços vão de aproximadamente R$ 1.800 até R$ 3.900.
Ainda no assunto videogames, o jogador não tem muito para onde fugir destes valores, uma vez que os preços são praticamente tabelados e fabricantes lucram em cima da comissão dos jogos. É claro que existem meios de importar e até conseguir os videogames mais em conta, mas são basicamente esses os valores apresentados ao consumidor.
No caso dos PCs, a história acaba sendo bem diferente, mas não que isso seja para melhor. Para montar um PC capaz de rodar os jogos atuais pelo menos no mínimo, o jogador precisará desembolsar um pouco mais de R$ 2.500, isso se ele for atrás de importação e peças que não são de linhas tão populares, como os processadores Xeon, que originalmente tem outra finalidade.
Por outro lado, para montar um PC realmente top, apenas na placa de vídeo o jogador já deve gastar algo em volta de R$ 7.400,00, isso ao levar uma RTX 4080 como base. Além dessa questão, claro, o jogador ainda tem outros gastos de hardware com placa-mãe, processador, memória, periféricos e demais itens.
Em resumo, a história toda para montar um PC top pode facilmente ultrapassar a casa dos R$ 10 mil. Um PC mais modesto hoje em dia, até mesmo com placas da série RTX 30, já consegue se equiparar com os consoles da atual geração, mas ainda assim o preço, na maior parte dos casos, será superior ao de um console.
Upgrades
Ainda um pouco relacionado ao último tópico abordado, também existe a questão de upgrades. No caso dos consoles, o grande problema é que os jogadores precisam basicamente comprar uma nova edição para ter acesso às melhorias de hardware.
Então, nesse ponto, pelo menos, os videogames acabam saindo um pouco atrás, uma vez que os jogadores realmente estão mais presos às opções que a sua marca acaba oferecendo.
Nos PCs, por outro lado, os upgrades são mais liberais, se podemos dizer assim. Sem precisar trocar a placa-mãe, por exemplo, os jogadores podem optar por um processador melhor, colocar mais memória ou trocar sua placa de vídeo.
Talvez o ponto negativo dos PCs consiste no fato de que os jogadores precisam ter um certo conhecimento do que é compatível e como realizar essa troca de hardware, isso caso não optem por pagar para algum técnico fazer o serviço. Apesar do ponto positivo dos upgrades, voltando à questão dos preços, também não podemos esquecer que um upgrade no PC pode não sair barato ou até mesmo do preço de um console.
Títulos exclusivos
Ao terem grandes empresas por trás de sua produção e parcerias com grandes estúdios, a verdade é que os videogames ainda se sobressaem neste quesito. O Nintendo Switch, por exemplo, tem inúmeros títulos exclusivos com suas consagradas franquias, assim como o PlayStation, apesar da Sony estar levando muitos deles para o PC.
Esses títulos, além de serem exclusivos, geralmente são do tipo AAA e oferecem uma experiência única. O Xbox, claro, não foi esquecido, mas os seus títulos atuais também saem para PC.
O PC, por sua vez, tem menos títulos exclusivos nos dias de hoje quando comparado ao passado, mas tem visto a situação melhorar. Por exemplo, graças ao acesso antecipado na Steam e outras plataformas, diversos jogos estão disponíveis primeiro nele antes de chegarem aos videogames.
Esses jogos, claro, na maioria das vezes são indies e podem até sofrer com a falta de atualizações, mas não deixam de oferecer uma experiência diferente para seus jogadores.
Retrocompatibilidade
Com as trocas de gerações dos consoles, o assunto retrocompatibilidade é bem delicado. Por exemplo, o PlayStation 4 não era retrocompatível com os jogos do PlayStation 3, a não ser em casos de alguns jogos disponíveis na PlayStation Store e obtidos por meio digital.
Já o PlayStation 5 e Xbox Series X/S perceberam que este foi um erro e trouxeram a retrocompatibilidade. A Nintendo, por outro lado, foi um pouco na contramão, mas trouxe o Nintendo Switch Online para que seus jogadores curtirem alguns clássicos.
Então, nos videogames, a verdade é que, às vezes, pode acontecer do jogador ter que manter um console apenas para rodar um jogo que ele tanto estima ou tem carinho.
Nos PCs, a história é um pouco diferente, mas também tem lá seus contras. A grande maioria dos jogos, principalmente dos últimos 10 anos para cá rodam praticamente sem problemas e sem precisar de qualquer configuração.
Entretanto, jogos anteriores a esta época, principalmente dos anos 90 e começo dos anos 2000, podem não rodar corretamente em sistemas atuais ou dependem de patches para que problemas sejam eliminados.
Além disso, para o lado positivo, vale notar que lojas como a GOG já deixam alguns jogos clássicos prontos para rodar nos sistemas operacionais modernos sem ter que aplicar patches ou correções manualmente. Não somente isso, agora mods feitos com a RTX Remix são capazes até mesmo de deixar jogos antigos com gráficos soberbos.
Usabilidade
Os videogames basicamente trazem a proposta de estarem prontos ao serem ligados para iniciar os jogos. Entretanto, nos últimos anos, os videogames também se voltaram um pouco mais para o lado do entretenimento e passaram a ter outras funções, como por exemplo rodar aplicativos de streaming.
Essa parte é até interessante, mas ainda fica limitada aos serviços de streaming disponibilizarem um app para rodar. Além disso, alguns recursos referentes ao áudio e à parte gráfica nem sempre estão disponíveis.
No PC, por sua vez, a história é um pouco diferente. Por conta de basicamente os serviços de streaming rodarem a partir do navegador é possível ter acesso a todos eles de forma mais simples.
E você, leitor. De que lado fica nesta guerra entre PCs e videogames? Discorda de algum ponto ou acha que faltou algo? Participe ao deixar seu comentário!
Comentários
Concordei com tudo, mas prefiro meu pc, ótima materia.
Pc é disparado a melhor opção, consoles pode ter sua praticidade , mas pc tem acesso a toda a biblioteca existente dos consoles , seja de consoles mortos ou de jogos dessa geração, o custo pode ser elevado , porém vale muito mais apena , se pensar que talvez a pessoa tenha que guardar um console antigo para jogar um jogo , já no pc é só usar algum programa de terceiros e rodar o jogo , enfim ainda não vejo demérito suficientes para o pc não ser a melhor opção
Teclado é restrito, pqp, nunca joguei com um controle na vida, tá de brincadeira. Além do mais ninguém é escravo da Sony no Pc que é o melhor de tudo.
Os caras esqueceram dos mods no PC, que permitem editar os jogos e são um grande diferencial. Matéria tendenciosa, bem mais ou menos.
Esqueceu de falar que no PC tem todos os jogos que exigem piratas.
Esqueceu de falar que pagando um pouco mais que um PS5 vc vai rodar jogos no PC com gráficos 10x melhores a 100 fps.
Olá, Juliano. Tudo bem?
Em relação aos pontos, em “Gráficos” nós ressaltamos a superioridade do PC, inclusive em relação a liberdade que permite, por exemplo, essas taxas de quadros mais altas. Quanto a pirataria, nós não podemos fazer apologia a mesma, mas ainda assim lembramos que não são todos os jogos que estão disponíveis por esses meios (lembre-se de jogos com Denuvo), além dos riscos de não baixar de um lugar certo ou confiável. Por último, você está com razão em relação aos mods, estes poderiam ter sido mencionados.
A matéria não tem intenção nenhuma de ser tendenciosa, tanto que não conta com vencedor final ou sequer para a maioria dos pontos levantados. A melhor plataforma sempre será aquela com a qual o jogador se sentir confortável!