Coluna: Como Monkey Ball Banana Rumble pode dar a rasteira no GOTY!
No coração de um guaxinim, a revelação de Super Monkey Ball Banana Rumble no Nintendo Direct foi o auge da alegria
ste artigo é opinativo e não representa a visão do veículo como um todo, e sim do autor que o escreveu.
Em um dia de rara felicidade, o meu amigo e editor Vinícius Munhoz, estupefato com mais um dos hot takes que eu insisto em trazer diariamente para o nosso ambiente de trabalho, me apelidou de “o Guaxinim do Flow Games”.
Tal alcunha é fruto da minha constante simpatia por jogos considerados por muitos como “lixo”. Pois bem, onde uns veem sujeira, eu vejo uma oportunidade para me refestelar. E amigo, o Nintendo Direct Partner Showcase e a revelação de Super Monkey Ball Banana Rumble vão me fazer dormir com a barriga cheia hoje.
Que fique claro, quando eu falo sobre um “jogo lixo” não há qualquer fiapo de carga pejorativa, muito pelo contrário! Rotulo assim aqueles jogos mais nichados, peculiares, com premissas diferentes do mar de mesmisse ao qual o senso comum costuma dar mais valor em eventos.
Se o triple A cinematográfico é o núcleo gravitacional do hype, o “joguinho lixo” é aquele que fica meio fora de órbita, timidamente acenando de longe apenas para os jogadores mais atentos e dispostos a descobrir as infinitas maravilhas do cosmos do mercado de videogames.
Alguns dos meus títulos favoritos da vida caem nessa categoria. “Bizarrices” como Katamari Damacy, Chulip e Boku no Natsuyami são perfeitos exemplos de games que podem até não ter um Metacritic muito alto mas, no meu coração, são joguinhos nota 10. E “lixo”. Assim como Super Monkey Ball Banana Rumble.
Super Monkey Ball Banana Rumble: o trunfo do verdadeiro hardcore
Boa parte de vocês talvez estranhe a afirmação de que um jogo super fofo cheio de macaquinhos presos dentro de bolas rolantes em mundos coloridos possa representar o ápice da adrenalina digital, mas me acompanhem por apenas mais alguns minutos, por gentileza.
Fruto da imaginação e criatividade de Toshihiro Nagoshi, o pai da franquia Yakuza/Like a Dragon, Monkey Ball nasceu em 2001 com a ideia de provar que era possível criar algo divertido e instigante usando os controles mais minimalistas possíveis. No caso, apenas empurrar o direcional.
Usando um elaboradíssimo sistema de física, o jogador precisa inclinar o cenário a fim de direcionar a bolinha no caminho certo. Parece fácil, mas basta um pequeno erro de cálculo para que o macaquinho caia em um abismo fatal e você precise recomeçar tudo do zero.
Agora pense na quantidade crescente de obstáculos e curvas que são colocados em seu caminho, sem falar no fato de que as plataformas ficam cada vez mais estreitas a cada mundo, e você logo perceberá o quão punitivo e enlouquecedor esse jogo pode ser.
Nesses tempos em que os tais jogos triple A ficam cada vez mais fáceis e próximos da experiência de assistir passivamente a um filme pipoca, Monkey Ball Banana Rumble ousa ao nos relembrar que o mais puro videogame, o desafio mais legítimo, pode nascer do simples empurrar do direcional.
Viva o jogo lixo!
Jogos lixo importam. Jogos lixo muitas vezes estão muito mais conectados com o antigo espírito dos videogames, em que a diversão e a adrenalina ficam em primeiro plano. É claro que há espaço para todo tipo de experiência na nossa indústria tão vibrante e que nenhuma forma de jogar é melhor ou pior do que a outra desde que você esteja se divertindo.
Mas ao menos aqui na residência do Guaxinim, mesmo quando a página de Monkey Ball Banana Rumble no Metacritic ostentar algo próximo de 75 pontos, eu estarei aqui, com as mãos suadas após superar uma fase dificílima do game, para dizer:
No meu coração, esse é o GOTY.”
Quem vai me acompanhar quando Monkey Ball Banana Rumble for lançado exclusivamente para Nintendo Switch em 25 de junho de 2024? Comente a seguir qual é o seu “jogo lixo” favorito!
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