Mal aí! Microsoft volta atrás em acusações pesadas contra a FTC
No embate para concretizar a compra da Activision Blizzard, Microsoft havia chamado órgão de inconstitucional
Bem no finalzinho do ano passado, a Microsoft resolveu que não ia mais pagaria de boazinha na luta pela aquisição da Activision Blizzard e, além das cutucadas na Sony, sobrou até para a FTC, que foi acusada de ser inconstitucional em suas ações contra a dona do Xbox.
O tempo passa e, após uma primeira audiência pré-julgamento nada promissora, a empresa sediada em Redmond resolveu voltar atrás na treta.
Um cutucão daqueles
Na ocasião, a companhia enviou um documento ao órgão regulador explicando a motivação por trás da compra – o desejo de investir no mercado mobile – e aproveitou o texto para criticar de forma bastante dura a Comissão e seu bloqueio ao negócio.
“Esses procedimentos são inválidos porque a estrutura da Comissão como uma agência independente que exerce poder executivo significativo e as restrições associadas à remoção dos Comissários e outros funcionários da Comissão violam o Artigo II da Constituição dos EUA e a separação de poderes”, afirma a empresa
“A estrutura desses procedimentos administrativos, nos quais a Comissão inicia e finalmente julga a reclamação contra a Microsoft, viola o direito de processo devido da Quinta Emenda da Microsoft de adjudicação perante um árbitro neutro”, finaliza.
A Microsoft se arrepende
Na última quarta-feira (4), entendendo que partir para uma jogada mais agressiva contra a FTC talvez não seja a melhor estratégia para tentar aprovar sua tão desejada aquisição, a Microsoft fez uma correção no documento enviado ao órgão. A alteração? Uma remoção completa dos trechos reproduzidos mais acima.
Falando ao Axios sobre o ocorrido, um representante da empresa explicou que “a FTC tem uma missão importante de proteger a concorrência e os consumidores, e atualizamos rapidamente nossa resposta para omitir uma linguagem que poderia sugerir o contrário com base na constituição”.
“Inicialmente, colocamos todos os argumentos potenciais na mesa internamente e deveríamos ter descartado essas defesas antes de entrarmos com o processo. Agradecemos o feedback sobre essas defesas e estamos conversando diretamente com aqueles que expressaram preocupações para deixar nossa posição clara”, concluiu.
A expectativa geral é de que o caso vá a julgamento em algum ponto de agosto e, segundo analistas, tem grandes chances de o negócio ser aprovado nos EUA, contanto que a Microsoft ceda a outras concessões sugeridas pelas autoridades reguladoras e pela Justiça.
Via: Wccftech
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