Review: Madden 25 marca mais um Touchdown
Saiba tudo sobre Madden 25, o mais novo jogo de futebol americano da EA Sports
nálises de jogos de esporte são sempre ardilosas, já que os videogames evoluíram de tal forma que as edições anuais das principais franquias do gênero dificilmente conseguem dar grandes saltos tecnológicos. Então por qual régua devemos medir e pontuar Madden 25?
Como alguém que ama futebol americano desde os tempos do Mega Drive (eu aprendi as regras jogando Joe Montana Football!), gostei bastante do que vi em Madden 25. É claro que ele não reinventa a roda nem nada assim, mas temos aqui um pacote bem coeso e polido, com boa apresentação gráfica tanto durante as partidas, graças ao poder da Frostbite, como nos intuitivos menus do game, que está repleto de opções em praticamente todos os modos principais.
O que muda em Madden 25?
No que diz respeito ao gameplay, a principal sacada da vez foi a adição do que a EA Sports está chamando de “BOOM”, o seu sistema de física que aprimora bastante tanto os tackles como as jogadas individuais dos atletas. Acho que eu não me divertia tanto dando tackles desde o saudoso e explosivo NFL Blitz, e olha que ele tinha toda uma pegada arcade e descompromissada.
Da mesma forma, correr com a bola também está melhor do que nunca, então não é por acaso que o corredor sensação dos 49ers esteja na capa da edição deste ano. Você vai se sentir o próprio Christian McCaffrey ao fugir dos tackles e driblar os marcadores. É bem evidente a forma como o jogo está levando em consideração o seu centro de gravidade na hora de considerar se você deve ou não ser derrubado, o que torna Madden 25 bem mais profundo do que o habitual.
Embora eu não tenha jogado o game College Football 25, achei bem legal que exista a possibilidade de importar o seu atleta direto da faculdade para os gramados de Madden 25, especialmente levando em conta que o criador de personagens do nosso objeto de análise não é lá grande coisa. Parece bem divertida a ideia de fazer uma dobradinha de jogos e contar a jornada completa de um atleta desde seus primeiros jogos até o glamouroso Super Bowl.
Outra adição digna de nota é que temos duas novas duplas de comentaristas para a edição deste ano (mas, infelizmente, nenhuma delas fala português, então ainda não é dessa vez que teremos o Paulo Antunes berrando “teeeemos um djogo” no game). Eu não gostei muito das vozes, mas aprecio a tentativa de trazer mais variedade de diálogos, e de fato as falas estão se repetindo um pouco menos que o de costume.
E o que segue parecido no Madden 25?
Logo na primeira vez em que iniciei o jogo, achei intrigante que a EA Sports tenha considerado uma boa opção me levar direto ao modo MUT (Madden Ultimate Team), já que ele segue quase intocado ao longo dos últimos anos. Comercialmente, até faz sentido, já que ele segue tendo uma fórmula viciante e é lotado de microtransações para te “ajudar” a construir um elenco dos sonhos e ir melhorando aos poucos as cartinhas de seus jogadores.
Controlar um time no modo Franchise ou um só jogador no Superstar também não conta com grandes novidades. As tentativas de gerar imersão com cenas bem humildes entre as semanas de jogo e treino não agregam grande coisa, já que normalmente você vê o seu personagem lá paradão conversando com treinadores e repórteres, e se limita a fazer escolhas simples de diálogo. Volta e nunca gente real aparece em mensagens de vídeo para pilhar o seu jogador, mas são momentos breves e inconsequentes demais.
Ainda assim, como fã do esporte, eu me diverti bastante levando a franquia San Francisco 49ers para a sua nova base no meu Rio de Janeiro, onde o time mudou de nome para Monarchs. Eu gosto do quão simples é fazer isso, envolvendo apenas uns poucos cliques. Customizar os atributos dos jogadores e negociar os seus contratos também vai nessa linha, embora eu ainda desejasse ter a opção de poder entrar em uma partida em qualquer momento que eu desejasse.
É engraçadinho ter o comissário Roger Goodell aparecendo entre as cenas no Draft e em outros grandes momentos, assim como fazer os minigames do Combine para ver como e onde seu atleta será draftado, mas o grosso da experiência ainda segue a mesma boa e velha fórmula de sempre, para o bem ou para o mal.
Vale a pena jogar Madden 25?
Levando tudo isso em conta, eu não tenho a menor dúvida de que Madden 25 é um jogo muito divertido e a melhor forma que você tem hoje em dia para jogar um pouco de futebol americano no seu console favorito ou PC.
Os lançamentos anuais da série costumam ser muito parecidos entre si, e esse ainda é o caso por aqui, mas há polidez e melhorias o suficiente a ponto de permitir uma recomendação certeira: se você é do tipo que compra Madden apenas de tempos em tempos, se precisar escolher entre alguma versão recente, pegue essa aqui sem pensar duas vezes. Madden 25 não é o auge da franquia, mas inegavelmente é o melhor dos últimos anos.
Madden NFL 25
Publisher: EA Sports
Desenvolvedora: EA Orlando
Plataformas: PC, PS5, PS4, Xbox Series X/S, Xbox One
Lançamento: 16/08/2024
Tempo de review: 22 horas
Madden 25 não reinventa a roda, mas as suas melhorias no sistema de física tornam facilmente essa edição a mais legal e divertida dos últimos anos. Temos um jogo!!
Prós
- Novo sistema de física brilha muito
- Sólida apresentação visual
- Correr e dar tackles nunca foi tão bom na franquia
Contras
- Poucas mudanças na franquia, carreira e MUT
- Sem localização em português
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