Jogamos Star Wars Outlaws por 4 horas: grande acerto da Ubi vindo aí?
Parece que mal arranhamos a superfície de Star Wars Outlaws após 4 horas; saiba nossas impressões
ada vez mais próximo de seu lançamento, Star Wars Outlaws é, definitivamente, uma das maiores expectativas que a própria Ubisoft tem para seu homérico 2024, que veio com dois títulos da franquia Prince of Persia, XDefiant e o vindouro Assassin’s Creed Shadows, além de atualizações de outras franquias existentes.
Em viagem a Los Angeles, o Flow Games pôde testar uma hora da aventura estelar desenvolvida pelo time da Massive Entertainment, que também assina The Division e Avatar: Frontiers of Pandora. Mas, desta vez, fomos convidados a participar de um teste de nada menos que 4 horas de Star Wars Outlaws.
A clássica fórmula de ação e aventura – num massivo mundo aberto – está funcionando aqui? Pode se sustentar no longo prazo? E o sentimento de se estar num autêntico Star Wars: ele existe? Vejamos.
Star Wars Outlaws em 4 horas de jogatina: impressões
Ambientada entre O Império Contra-Ataca e O Retorno de Jedi (Episódios 5 e 6, respectivamente), a história de Star Wars Outlaws acompanha a mercenária Kay Vess e Nix, criatura que atua como companion e serve como ferramenta de mil e uma utilidades durante o gameplay.
As referências que citamos em nossa prévia anterior ganharam mais força: Uncharted, Gears of War e outros títulos da própria saga Star Wars servem como escola para Outlaws. Na demonstração testada, pudemos não apenas nos infiltrar em bases imperiais para roubar relíquias como também explorar o mundo aberto com menos restrições.
Controlar Kay continua sendo eficiente e funcional: a mira é suave, os golpes têm suficiente impacto e sua companion amplia as possibilidades ao ser usada contra inimigos para distraí-los ou criar outras situações a favor de Kay.
No melhor estilo faroeste intergaláctico, Star Wars Outlaws pega emprestado um bem-vindo mecanismo de Red Dead Redemption, o Dead Aim, em que a ação é congelada para que o jogador possa travar a mira em vários inimigos ao mesmo tempo e efetuar disparos simultâneos – e certeiros – contra eles quando o ritmo é retomado. Um “déjà vu” conhecido, sim, porém eficaz, especialmente no mundo aberto, quando o seu deslocamento pode chamar atenção de facções que enviam membros para perseguir a personagem.
Mundo aberto vivo e expressivo
Se você estiver apto a desbravar cada cantinho que o mundo aberto de Star Wars Outlaws tem a oferecer, prepare-se para facilmente separar uma centena de horas de sua rotina. Não há uma quantidade de horas oficialmente divulgada, mas, por essas 4 horas de teste, nossas estimativas foram lá para cima, uma vez que gastamos esse tempo ininterruptamente e mal arranhamos a superfície.
Você é uma exímia atiradora, não uma Jedi, o que coloca as coisas numa perspectiva mais realista e interessante de um autêntico Star Wars de ‘blasters’. Sabres de luz podem ser encontrados em Jedi Fallen Order e Jedi Survivor, certo?
Nota-se a dedicação do time de desenvolvimento na qualidade de vida desse mundo: os mercados estão cheios de NPCs fazendo coisas diferentes, desde vendedores com seus churrasquinhos até apostadores e chefes do crime. Os civis seguem com suas vidas enquanto você, uma mercenária, gera alguma reação por onde passa, a depender de sua reputação naquele local – outro sistema que é bem trabalhado na balança de relações que Kay cria com os líderes de facções.
Esse mundo aberto vivo e expressivo, ao menos nesse recorte de 4 horas, se mostrou extremamente promissor, deixando um gostinho de empolgação pela versão final. A interface de Star Wars Outlaws, aliás, é limpa o suficiente para não atrapalhar o jogador com ícones desnecessários. “Não parece um jogo da Ubisoft”, você pode pensar. Pois é.
Fugas espetaculares
Star Wars Outlaws não seria um Star Wars não se trouxesse uma espetacularização da experiência que oferece ao jogador. Como uma digna ladra, Kay deve se infiltrar furtivamente em bases inimigas, e esse tom ditou bastante o ritmo de nossa jogatina – mais stealth do que ação.
Caso opte pelo tiroteio, os mecanismos de cobertura à la Uncharted estão ali, magnetizando a mercenária em paredes, caixas e outras estruturas que sirvam como ponto de apoio para a troca de tiros. Sim, você é uma atiradora, não uma Jedi, e tomara que siga assim até o final. Sabres de luz podem ser encontrados em Jedi Fallen Order e Jedi Survivor, não é mesmo?
Após encontrar alguma relíquia almejada por outros interessados, Kay deve realizar fugas espetaculares, exatamente ao gosto do fã de Star Wars, com explosões, corridas emocionantes, desmoronamentos e todo o cenário caótico criado em torno da espetacularização cinematográfica.
Segura a qualidade pela campanha toda?
Só o tempo dirá o quanto Star Wars Outlaws se sustenta no longo prazo. As 4 horas apresentadas se mostraram eficientes em ritmo alternado entre tiroteios, trechos furtivos, acrobacias e resolução de pequenos enigmas ambientais, um deles envolvendo um mini-game rítmico, tudo acompanhado por alívios cômicos em boa parte do tempo. As batalhas espaciais em nave, aliás, funcionam com simplicidade e diversão arcade de um digno shoot’em up 3D.
Ao abrir o mapa, vimos um pequeno deslumbre de algo muito maior, com aquela sensação de mal ter provado o aperitivo, com um “rodízio de conteúdo” a ser descoberto na versão completa. O estúdio visivelmente se preocupou em separar diferentes camadas da receita de mundo aberto para buscar uma experiência agradável e familiar.
Visualmente falando, nota-se um produto mais “realista” e ajustado às expectativas. O mundo continua lindo, sim, mas as expressões faciais de Kay e de outros personagens, bem como algumas animações, ainda têm espaço para polimento.
Vejamos como Star Wars Outlaws se sairá no lançamento, agendado para 30 de agosto de 2024 no PS5, Xbox Series X|S e PC.
O Flow Games testou Star Wars Outlaws a convite da Ubisoft.
Comentários
o game parece ter muito potencial, primeira vez que vou comprar um jogo da ubisoft