Jogamos Prince of Persia The Lost Crown por mais tempo e só melhorou
Prince of Persia The Lost Crown resgata essência clássica da franquia com atitude e originalidade
ando continuidade aos testes realizados previamente pela nossa equipe, o Flow Games teve a oportunidade de jogar uma “demonstração definitiva” de Prince of Persia The Lost Crown, num gameplay que durou 3 a 4 horas e ofereceu novidades em relação aos demais materiais apresentados.
E “atitude” pode ser um dos melhores termos a definir a aventura, que tem a híbrida capacidade de resgatar a essência clássica dessa emblemática franquia e, ao mesmo tempo, imprimir um toque moderno, adaptado aos parâmetros atuais.
A demo prolongada que pudemos testar mostrou uma experiência promissora nesse e em outros sentidos, especialmente aos fãs da receita metroidvania. Vamos aos detalhes!
Prince of Persia The Lost Crown: desafiador na medida
Conforme mencionamos anteriormente, esse projeto da Ubisoft se distancia do padrão “blockbuster caro” que tanto dita os rumos da indústria hoje em dia. Com uma imponente apresentação, o game coloca o jogador na pele do protagonista Sargon, que deve viajar à cidade amaldiçoada de Mount Qaf para resgatar o Príncipe Ghassan.
A conhecida mesclagem de esquivas, saltos e golpes funciona com bastante eficiência para as travessias desse mundo 2.5D desenhado à mão, visando combates em progressão lateral confeccionados na dose certa de desafio e satisfação.
Especificamente nesse recorte, eu nem me refiro à mecânica de rebobinar o tempo, que se tornou tão célebre nessa franquia, e sim à distribuição de inimigos, enigmas e trechos acrobáticos, que requerem precisão de comandos e exatidão de pensamento.
É bem metroidvania mesmo!
A experimentação de quase 4 horas ofereceu novas seções exploráveis em relação aos testes anteriores. Havia, basicamente, duas formas de jogar: progredir direto ao ponto, seguindo o objetivo principal, ou descobrir o mapa livremente, obedecendo a cartilha do metroidvania à risca.
Optei por essa última alternativa. A travessia pelos reinos se tornou orgânica, com ótimo senso de descoberta e equilíbrio de recompensa, que vem em forma de colecionáveis, upgrades ou até aditivos na narrativa.
O mundo é todo interconectado e esconde salas secretas, atalhos e quebra-cabeças oferecidos em ótimo aproveitamento do level design, que faz bom uso da premissa “menos é mais”. O minimalismo é, sim, capaz de vencer o exagero, e charme é exatamente o que essa franquia precisa ter – aquele também visto em Rayman, o qual, inclusive, vem do mesmo estúdio (Ubisoft Montpellier).
Pontos a serem observados na versão final
Até o ponto em que se apresenta, Prince of Persia The Lost Crown parece ser um pacote robusto e satisfatório. Claro que alguns detalhes podem ser melhorados até o lançamento, especialmente pelo lado técnico, ajustando a taxa de quadros por segundo e a performance geral, pensando em todas as plataformas para as quais o game está previsto.
O ritmo da aventura é outro tópico de observação: precisamos checar como ela se sustenta no longo prazo, nas 20 a 25 horas prometidas para a duração total. O recorte de 3 a 4 horas foi promissor nesse sentido e nos deixou ansiosos para ver como a jornada continua em termos de apresentar novidades e distribuir desafios.
Outra questão é a narrativa, que traz ares de vingança, heroísmo, guerra e redenção, mas ainda precisa encontrar seu pilar principal para envolver o jogador – e certamente é só na versão final que isso poderá ser apresentado com mais clareza.
Até agora, saldo positivo!
De qualquer forma, Prince of Persia The Lost Crown tem todos os ingredientes para agradar veteranos e marinheiros de primeira viagem e, sinceramente, é o tipo de confecção artesanal que melhor funciona para essa longeva franquia.
O título será lançado no dia 18 de janeiro de 2024 para PS5, PS4, Xbox Series X|S, Xbox One, Nintendo Switch e PC.
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