Review: Granblue Fantasy Versus Rising merece a sua atenção

Street Fighter 6 e Tekken 8 estão servindo um gameplay modernão polido ao máximo repletos de novas ferramentas e recursos, Mortal Kombat 1 ainda cativa alguns com sua pegada cinematográfica, e até KOF 13 voltou em Global Match com todos os seus desafios ultra hardcore para puristas.

Já a desenvolvedora Arc System Works segue fazendo o que faz de melhor, com uma estética ímpar inspirada no visual de animes. Se os combates de FighterZ e Guilty Gear acabaram recebendo o devido reconhecimento, Granblue Fantasy Versus infelizmente estava meio nas sombras.

Lançado originalmente no começo de 2020, o jogo acabou sendo eclipsado muito por conta da pandemia do coronavírus que explodiu pouco depois de sua chegada. Granblue Fantasy Versus Rising agora tem a chance de reescrever a história e trazer justiça a um legítimo jogão!

Granblue Fantasy Versus Rising é um jogo novo mesmo?

Oficialmente, trata-se de uma sequência, mas um jeito mais fácil de encarar esse novo pacote do Granblue Fantasy Versus Rising é como uma espécie de versão Super ou Ultra, mais ou menos como Street Fighter costuma fazer desde os tempos do SNES.

Nessa segunda tentativa de sucesso, mudaram desde o sistema de venda e monetização até a estrutura do online, passando por um gameplay tunado e rebalanceado. Todo o conteúdo original está incluído aqui mas, ainda assim, Rising consegue ter aquela tão necessária cara de jogo novo.

A começar pela possibilidade de baixar uma versão totalmente grátis que conta com quatro personagens liberados por vez em sistema de rotação semanal. Já aqui você pode ter um gostinho dos modos online, treino e Arcade, ainda que este último seja meio sem sal até na edição completa:

Como você pode ver acima, ainda que ele seja bem pensado em termos de nível de dificuldade customizável entre cada luta, é decepcionante não ter sequer zerados elaborados, com a tela final limitando-se a mostrar uma simples imagem temática de encerramento para cada lutador.

Falando neles, ao todo são 28 lutadores disponíveis de cara no elenco base de Granblue Fantasy Versus Rising, com mais a caminho futuramente através de DLC, incluindo a andróide 2B do incrível Nier Automata.

O modo história agora é estruturado em três atos (sendo os últimos capítulos totalmente inéditos e exclusivos da nova versão), mas também continua um tanto sem sal e excessivamente linear, como você pode ver abaixo. Ainda bem que todo o resto do pacote melhorou drasticamente na quantidade e qualidade de coisas oferecidas.

O gameplay continua oferecendo uma proposta simples de entender, mas difícil de dominar. Mesmo que você não consiga sequer soltar um hadouken consistentemente, os golpes especiais ainda podem ser desferidos com um simples apertar de botão, e os combos também são automatizados.

O que muda para todos os perfis, então, é a chegada das Ultimate Skills para cada um os personagens, que agora possuem especiais ainda mais poderosos, e também do Raging Strike, que quebra a defesa rival em troca de o tornar mais vulnerável a dano, aprofundando o gameplay.

Outros nuances aqui e ali ajudam a tornar as lutas ainda mais únicas, desde a recauchutagem visual com direito a gráficos e modelos de personagem mais belos, até a possibilidade de desferir golpes durante a corrida. Quem manja do gênero certamente notará rápido as diferenças trazias em Granblue Fantasy Versus Rising.

As maravilhas do online tunado

De cara, a melhor notícia que um jogo de luta pode ter no que diz respeito a online é um netcode com rollback bem implementado e, felizmente, esse é exatamente o caso de Granblue Fantasy Versus Rising.

Imagem: Cygames

Via de regra, a maior parte do potencial tempo de gameplay de um jogo de luta moderno residente nos confrontos online, e essa é uma área em que definitivamente não dá para errar. Aqui, o trabalho da galera que trabalhou no código merece muitos elogios.

A simples adição de matchmaking dedicado ao nosso continente ajuda bastante, mas até mesmo quando tudo dá errado e você encara alguém com quase 200 de ping, ainda assim é possível ter um gameplay relativamente estável e fluído.

As trilhas de recompensa com Passe de Batalha também dão um ar de frescor ao pacote, mas pode ser meio chato grindar para os mais puristas e, francamente, parece estar lá mais para bater uma cota do que qualquer outra coisa.

O lobby com avatares chibi é bem fofinho, mas também burocrático, então que bom que dá para contorná-lo e ir direto para os embates casuais ou ranqueados de Granblue Fantasy Versus Rising sem precisar penar muito.

Para quem curte bobeirinhas, foi criado até um novo modo online de gincanas chamado Gran-Batalha e ele é… bom, francamente, ele é essencialmente um Fall Guys com skins diferentes. Diverte e tal, mas é difícil imaginar alguém voltando muitas vezes para ele no futuro.

Tantas adições e a polida adicional nos sistemas ajudam bastante a destacar Granblue Fantasy Versus Rising. Se você não não jogou o original e curte o gênero, pode vir direto para cá sem medo de ser feliz.

Já os veteranos mais competitivos descobrirão que o preço pago pelo ótimo rollback netcode faz o pacote valer bastante a pena. Seja qual for o seu caso, Granblue Fantasy Versus Rising é um título extremamente recomendado!