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Game Pass em apuros? Ex-MS explica problemas do serviço

Segundo um ex-funcionário do Xbox, o Game Pass está em uma sinuca de bico agora com crescimento baixo e criando problemas para jogos menores

09.05.2024 às 15:59

A semana tem sido aquecida com o tema “futuro do Xbox”, já que além de encerramentos de estúdios dentro da Bethesda, rumores apontam que há planos de aumentar o valor de assinaturas do Game Pass e mais cortes acontecerão no futuro.

Em meio à tempestade de desenvolvedores, público e fãs comentando sobre o ocorrido, um ex-funcionário da Microsoft elaborou um pouco mais sobre o problema que o Game Pass vem enfrentando e, por tabela, reflete em desafios para jogos menores dentro do catálogo.

game pass

Imagem: Microsoft/Xbox

Game Pass faz vendas de jogos menores despencarem

De acordo com Brad Hilderbrand, ex-empregado do Xbox, em seu LinkedIn, a razão de a Tango e Arkane Austin fecharem tem pouco a ver com a Bethesda, mas sim com a aquisição da Activision e o modelo (e estagnação) atual do Game Pass.

Segundo Hilderbrand, “todo jogo que lança no serviço deixa de alcançar metas de vendas”, algo que cria um paradoxo no modelo de negócios. Uma das formas de corrigir isso é oferecer bônus para títulos que performam e são bastante buscados mês a mês no serviço, mas também há um problema.

game pass

Imagem: LinkedIn

Basicamente, um jogo menor fica pouco tempo no topo de buscas do Game Pass, já que o próximo mês sempre tem “a nova sensação”, além de o crescimento do serviço ter estagnado. Portanto, para Hilderbrand, as pessoas deixam de comprar títulos menores por “serem de graça” para assinantes, mas logo o game cai em esquecimento.

Dessa maneira, o título perde rapidamente seu brilho e o fator novidade, mas deixa de vender bem. Em contrapartida, buscar o serviço da Microsoft como aliado é uma segurança que muitos desenvolvedores menores buscam para ter um retorno mínimo de seus custos, se tornando uma faca de dois gumes.

De acordo com o ex-funcionário, esse modelo funcionava enquanto o escopo do Game Pass era menor e estava em crescimento, mas agora o retorno e a receita que a Microsoft oferece a estúdios menores não compensam o orçamento para produzi-los – e seria o mesmo caso com projetos internos, como Hi-Fi RUSH.

hi-fi rush

Imagem: Tango Gameworks

Com a compra da Activision Blizzard e Bethesda, a Microsoft deixa de ter como prioridade apenas crescer o serviço, mas sim ter retorno financeiro. Com Starfield, Redfall e Hi-Fi RUSH chegando na estreia e não impulsionando o número de assinantes, os custos começam a pesar muito mais do que antes.

Agora vem a sinuca de bico: colocar ou não Call of Duty no Game Pass? Enquanto os usuários esperam isso, a Microsoft tem um dilema pela frente, segundo Hilderbrand, já que ter a franquia no serviço canibalizaria as vendas (como já foi visto) e talvez não dê o retorno esperado, mas não ter também desagradaria muito aos assinantes.

microsoft activision blizzard

Imagem: Microsoft

Por fim, o ex-empregado encerra dizendo que a era dos jogos menores está acabando: não importa quantos deles existam e tenham uma excelente qualidade, não serão suficientes para cobrir o rombo de US$ 70 bilhões da Activision Blizzard ou impulsionar o crescimento do Game Pass.

Será? Deixe seu comentário abaixo!

Fonte: via Eurogamer

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GuiBrito
GuiBrito
6 meses atrás

Duas coisas que podem impulsionar o gamepass, acredito eu como uma pessoa de fora e só lendo noticias.
1: Um console portátil para brigar com switch 2 e steam deck, mas que traga um preço muito mais competitivo caso contrario não vai vender.
2: tentar expandir o gamepass e em quais lugares ele funciona, eles disseram que o gamepass seria exclusivo xbox, mas ter esse serviço em mais lugares possíveis vai ser a salvação (vide steam, epic, etc)