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Game Pass é criticado por ex-Bethesda e ex-Xbox

De acordo com Pete Hines, ex-Bethesda, e outros líderes, o Game Pass cria tensão e desvaloriza trabalho dos devs

08.09.2025 às 13:00

Embora o Game Pass traga muito valor aos usuários, volta e meia o serviço da Microsoft se torna alvo de crítica por parte de desenvolvedores, publishers e até executivos. E, dessa vez, quem expressou seu descontentamento com o produto foi Pete Hines, ex-executivo da Bethesda que trabalhou 24 anos na companhia.

Hines deixou a Bethesda (já sob o guarda-chuva da Microsoft) em 2023 e, agora, diz que avisou sobre muitas decisões ruins de negócios e que o Game Pass cria tensão entre os desenvolvedores. Venha ver!

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Game Pass desvaloriza o trabalho dos devs, diz ex-Bethesda

Recentemente, Pete Hines deu uma entrevista ao site DBLTAP e relembrou diversos momentos de sua carreira de 24 anos dentro da Bethesda. Hines deixou a companhia em 2023, mas refletiu agora sobre decisões dentro da empresa após a aquisição da Microsoft.

“Não estou mais trabalhando em nenhuma dessas empresas, então não presumo que tudo o que eu sabia enquanto estava na indústria ainda seja válido hoje. Ao mesmo tempo, estou envolvido o suficiente para saber que vi, há alguns anos, o que considerei decisões de curto prazo e parece que as consequências estão se concretizando como eu havia previsto.

Assinaturas se tornaram o novo palavrão, certo? Você não consegue mais comprar um produto. Quando se fala de uma assinatura que depende de conteúdo, se você não souber como equilibrar as necessidades do serviço, das pessoas que o administram e com as pessoas que estão fornecendo o conteúdo (sem elas a assinatura não vale merd@ nenhuma) então você tem um problema sério.

É preciso reconhecer, compensar e valorizar adequadamente o que é necessário para criar esse conteúdo e não apenas fazer um jogo, mas fazer um produto. Essa tensão está prejudicando muitas pessoas, inclusive os próprios criadores de conteúdo, porque eles estão inseridos em um ecossistema que não está valorizando nem recompensando adequadamente o que eles produzem.”

Imagem: Pete Hines/divulgação

Para Pete Hines, a Microsoft e a Bethesda tomaram decisões relacionadas ao Game Pass que não foram saudáveis e de “curto prazo”. Embora Hines não tenha deixado explícito qual é o problema, um dos pontos levantados provavelmente se refere à produção e inclusão de jogos no lançamento do Game Pass.

Outros executivos se uniram às palavras de Pete Hines e concordaram com a visão dele. Segundo Shannon Loftis, que era a vice-presidente do Xbox Games Studios, comentou em um post do LinkedIn que o Game Pass pode ser benéfico para jogos menores, mas projetos maiores perdem muita receita.

Como uma desenvolvedora de longa data de first party do Xbox, posso confirmar que o Pete está certo. Embora o Game Pass possa reivindicar algumas vitórias com jogos que, de outra forma, teriam afundado no esquecimento (como Human Fall Flat), a maioria da adoção de jogos no [Game Pass] acontece às custas da receita de vendas no varejo, a menos que o jogo seja projetado desde o início para monetização pós-lançamento. Eu poderia (e talvez algum dia faça isso) escrever páginas sobre as tensões internas estranhas que isso gera”

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Por fim, Shawn Layden, ex-executivo da Sony, se uniu à voz de Pete Hines e disse que ele “acertou em cheio” em suas declarações. Layden já comentou no passado que serviços de assinatura não são sustentáveis, que é ruim para desenvolvedores e como há uma produção pasteurizada de conteúdo genérico apenas para preencher o catálogo.