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Epic: jogos grátis têm funcionado bem, mas exclusivos nem tanto

A estratégia de jogos grátis da Epic Games tem valido a pena, mas os jogos exclusivos variam caso a caso

16.08.2024 às 15:56

Desde que foi lançada, a Epic Games Store aposta em um marketing agressivo para tirar uma fatia de mercado da Steam, loja que domina o setor de PC atualmente. Entre as táticas estiveram oferecer jogos grátis semanalmente (e por 30 dias durante o fim de ano) e tentar parcerias de jogos exclusivos. Mas isso tem dado certo?

Para Tim Sweeney, o CEO da companhia, sim! Mas depende de cada estratégia também, já que, aparentemente, o que realmente tem valido a pena é oferecer games na faixa para os usuários.

epic games jogo grátis

Imagem: Epic

Epic Games: jogos grátis dão certo, mas exclusivos variam

Em uma conferência de imprensa que ocorreu recentemente, Tim Sweeney comentou sobre as ações de atrair mais usuários para a plataforma. E, segundo o CEO da Epic Games, oferecer jogos grátis é uma situação de vitória tanto para a Epic Games (que tem atraído mais usuários) quanto para as desenvolvedoras.

epic games

Imagem: Epic Games

Somente no ano passado, 580 milhões de jogos grátis foram resgatados, mas a ação de dar presentes à comunidade não é tão cara quanto parece: a Epic Games paga somente uma parcela menor, algo que custou US$ 11,9 milhões em um ano, mas que ainda beneficia os criadores de jogos.

E você pode pensar que isso fere as vendas dos jogos na Epic Games Store, mas os desenvolvedores que dão jogos grátis, na verdade, veem um aumento nas vendas de seus games na loja apenas porque a gratuidade aumenta o interesse. E aumenta tanto que, frequentemente, desenvolvedoras que estão próximas de lançar um novo título, vêm até nós para trabalhar em um lançamento grátis apenas para aumentar o interesse no próximo jogo. Isso tem sido uma coisa incrível. E tem sido por muito o melhor aspecto custo-benefício da Epic Games Store”

Na parte da Epic, a vantagem vem de duas maneiras: a primeira é que ela consegue atrair usuários, e a segunda é que isso vem de uma forma positiva aos jogadores, devs e de forma mais barata do que o marketing “tradicional”. Segundo Sweeney, pagar por anúncios no Facebook ou Google sairia muito mais caro e seria menos efetivo.

Oferecer jogos gratuitos parece contraintuitivo como estratégia, mas as companhias gastam dinheiro para conquistar jogadores em seus games. Por cerca de um quarto do preço que custaria para ganhar usuários pelo Facebook ou Google, nós podemos pagar muito dinheiro a um desenvolvedor pelos direitos de distribuir seu jogo para nossos usuários e podemos levá-los à Epic Games por uma taxa bem econômica”

Entretanto, a estratégia de levar jogos exclusivos à loja tem sido mista. Já vimos Borderlands 3, Alan Wake 2, Kingdom Hearts de PC e muitos outros, mas, para o CEO da empresa, o retorno financeiro e de agregar usuários tem sido caso a caso – no geral, usuários não gostam dessa exclusividade.

alan wake 2

Imagem: Remedy

Finalizando, Tim Sweeney disse: “nós gastamos muito dinheiro em exclusivos. Alguns deles funcionaram extremamente bem. Muitos deles não foram um bom investimento, mas o programa de games grátis tem sido simplesmente mágico”.

Fonte: via PC Gamer

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