Aprendam! Dev indie prova como detonar pirataria no Brasil é fácil
A pirataria no Brasil foi (e ainda é) um elemento muito presente entre os gamers, mas um dev americano explicou como resolver
É inegável que a pirataria foi um aspecto muito presente no Brasil nos anos 90 e 2000, mas continua fazer parte do cotidiano do gamer brasileiro ainda hoje – e, grande parte disso, são os preços proibitivos dos jogos, mesmo com um acesso e distribuição mais fácil. Recentemente, um dev revelou uma maneira fácil de contornar esse problema em solo nacional.
Jason Thor Hall, diretor de games na empresa indie Pirate Software (e ex-dev da Blizzard), viralizou em um vídeo emblemático em que explica como a regionalização de preços ajudou seu novo título, Heartbound, a ser um sucesso no Brasil e evitar a pirataria. Confira o vídeo abaixo:
A solução da pirataria? Preços menores e tradução para PT-BR
No vídeo, Jason Thor Hall explica que Heartbound teve uma demonstração que fez sucesso com o público brasileiro, mas que converter o valor de dólar para reais tornaria seu produto muito caro. A solução? Deixar o preço regionalizado: no Brasil, Heartbound custa apenas R$ 20 (e está atualmente em promoção por R$ 16).
Isso (somado ao fato de que o game foi localizado para nosso idioma) resultou em resultado muito positivo: 25% de toda a renda do título da Pirate Software veio de nosso território, sem nenhuma forma de pirataria acontecendo – Jason cita, inclusive, que a pirataria vem majoritariamente dos Estados Unidos.
Em outro vídeo, que você confere acima, o diretor da Pirate Software cita que se há um problema com pirataria em larga escala, há como resolver. Segundo Jason:
Localize seus jogos, localize os preços. Se você tem um problema de pirataria em larga escala, provavelmente é um problema de custo ou distribuição; se for apenas algumas pessoas, eles geralmente são apenas babacas; E a parte engraçada é que a maioria das pessoas que piratearam o game e me contataram são dos EUA. Onde eu moro. Onde um jogo de US$ 10 é uma piada”
Portanto, fica uma lição: muitas vezes, a pirataria de jogos não é uma questão de má-fé, mas de um difícil acesso à cultura (algo que, recentemente, vem acontecendo com o cinema também). E você, concorda com Jason?
Fonte: Pirate Software
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