“Conectar novos fãs do Sonic” é a meta de Takashi Iizuka na BGS 2023
Conversamos diretamente com o grande Takashi Iizuka, diretor da franquia Sonic, sobre os seus planos e bastidores
ão é segredo que a SEGA e o Sonic sempre tiveram um espaço de destaque no coração dos brasileiros. Afinal, fomos um dos poucos territórios onde a empresa conseguiu superar a Nintendo ainda na geração 8 bits!
A empresa sempre olhou com carinho para o território, chegando a confirmar recentemente a localização de cinco futuros lançamentos de peso. Nessa BGS 2023, além de um lindo e grandioso estande cheio de títulos inéditos, tivemos uma presença muito ilustre!
Takashi Iizuka, o diretor criativo da franquia Sonic, estava por lá e gentilmente tirou alguns minutos para bater um papo com o Flow Games. Confira como foi a nossa conversa a seguir!
Takashi Iizuka avalia o presente e futuro do Sonic
Flow Games: Os fãs do Sonic andam muito bem servidos ultimamente, né? No meu ponto de vista, Sonic Frontiers criou uma bela base para os próximos jogos 3D, e Superstars fez isso com os 2D. Essa era a meta da equipe mesmo, criar esses pilares?
Takashi Iizuka: Você está corretíssimo! Lançamos o Sonic Frontiers no ano passado, mas já estávamos fazendo o Sonic Superstars durante esse processo. E mesmo depois do Frontiers sair, tomamos a decisão de seguir trabalhando nele por mais um ano com as DLCs.
Então basicamente tivemos dois anos seguidos trabalhando tanto no Superstars como no Frontiers, quase que ao mesmo tempo. É muito legal concluir isso e ver todo mundo jogando os dois agora.
Nós temos os jogos modernos e temos os jogos clássicos, e esses são os nossos dois pilares de gameplay. Com Frontiers queríamos criar um jogo de ação 3D em alta velocidade, essa era a meta.
Por 20 anos sustentamos uma fórmula nascida no Sonic Adventure, e agora a expandimos e evoluímos no formato de Zonas Abertas, que serão o futuro dos jogos modernos daqui em diante.
Da mesma forma, o formato clássico também é muito importante para nós, só que até agora ele era muito unidimensional e pixelado. Então para nos preparamos para o futuro, para termos uma boa fórmula e apresentação visual, tivemos que recriar tudo com visual e engine 3D.
A ideia era manter o sentimento dos jogos em 2D, só que nesse novo formato. Acho que conseguimos fazer isso, então esse será o futuro da série clássica daqui em diante.
Falando em coisas que vieram para ficar, e a nova personagem Trip, hein? Eu gostei bastante dela no Sonic Superstars! Qual era o objetivo de vocês durante a sua criação, e como ela surgiu?
Enquanto fazíamos Sonic Superstars, realmente queríamos ter uma personagem nova, então discutimos que tipo de heroína poderíamos criar e o que gostaríamos de apresentar às pessoas através dela. Tínhamos que achar a mensagem e quem ela era.
A Trip está sempre vestindo uma armadura e todo mundo fica dizendo a ela o que fazer, então ela segue fazendo isso e não o que ela realmente gostaria de estar fazendo.
Durante a criação sabíamos que era preciso ter um grande momento em que ela tiraria a sua armadura e, ao invés de seguir cumprindo ordens, ter a bravura de fazer o que acha certo e viver a sua vida como gostaria. Essa era a mensagem-chave que a equipe queria passar.
Além da personagem nova, eu gostei muito do Sonic Superstars investir em zonas totalmente novas ao invés de reciclar temas e áreas antigas. Qual é a sua Zona nova favorita? A minha é Lagoon City!
É muito difícil escolher uma favorita! O primeiro estágio costuma ser tradicionalmente algo bastante marcante e icônico, e a Bridge Island é uma fase digna desse posto. Quando experimentarem, é uma fase que as pessoas vão lembrar para sempre, é onde vão entender como jogar.
Até mesmo durante o desenvolvimento, ela foi a fase que nós fizemos primeiro. Então conforme fomos criando outras fases, tivemos outras ideias e fomos melhorando como designers, então voltamos para Bridge Island e a refizemos com as novidades.
A Bridge Island é uma ótima apresentação de como o novo Sonic funciona, apresentando a diversão do jogo.
Dito isso, um dos níveis mais interessantes e que mais aprecio é o Cyber Station. Porque nunca tivemos antes essa ideia do Sonic se transformando em outra coisa, aí o time bolou essa ideia e me apresentou. Gostei muito e achei divertidíssima essa sacada deles!
Falando em sacadas legais, o estande da SEGA aqui na BGS 2023 está lindíssimo. Sei que você já veio antes ao Brasil, mas está sendo diferente dessa vez com um estande próprio?
Quando viemos à BGS no ano passado foi muito mais sobre conhecer e interagir com os fãs, passar um tempo com eles. Foi bastante divertido, mas não pudemos ver as pessoas jogando os nossos jogos.
Só que neste ano temos um estande e temos um jogo que sairá na semana que vem. Podemos ver as pessoas jogando e se divertindo, então é muito recompensador para nós! Não é algo que normalmente podemos fazer, e somos gratos por isso.
Comprar jogos é entretenimento, é algo que você faz com o seu dinheiro que sobra como um hobby. Nem todo mundo pode fazer isso sempre, então saber que o pessoal pode jogar e se divertir por aqui no estande é algo valioso, somos gratos por esse espaço.
Certamente os fãs estão agradecidos também. Afinal, como vocês sabem, o Brasil é um país que sempre gostou muito do Sonic e da SEGA. Alguma mensagem final para os fãs?
Sabemos que há uma comunidade muito grande no Brasil que ama a SEGA e o Sonic. Ficamos muito gratos pelo apoio dos fãs e estamos ansiosos para diverti-los e garantir que continuem se gostando do Sonic.
Queremos aumentar ainda mais o nosso público ao redor do mundo. Quem sabe tenha alguém que nunca jogou os games, mas viu os filmes e as nossas séries? Então tenho até um pedido a fazer:
Em Sonic Superstars temos componentes multiplayer, é possível jogar no sofá com os seus amigos; adultos e crianças juntos. O jogo é uma boa forma de se conectar com novos fãs.
Então convide os seus amigos para jogar, ensine a eles o que é tão legal sobre o Sonic. Fico ansioso para vermos novos fãs!
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