Com apoio acima dos 98%, atores de games podem entrar em greve
Votação da SAG-AFTRA autoriza categoria a entrar em greve caso demandas de artistas não sejam ouvidas pelos estúdios
Enquanto a paralisação geral dos roteiristas de Hollywood parece seguir para um final feliz tanto para os profissionais da área quanto os estúdios, podemos estar mesmo diante de uma greve dos atores de videogames nos EUA.
Afinal, a votação dos membros da SAG-AFTRA a respeito do assunto, encerrada na última segunda (25), resultou num apoio massivo – e autorização plena – para pausa dos serviços da categoria caso as negociações com as empresas de jogos não evoluam na base da conversa.
Greve dos games agora é possível
Segundo o sindicato americano dos atores, dos 34.687 participantes dessa última sessão de votos, mais de 98% deu o aval positivo para a greve dos artistas da indústria dos games.
Vale lembrar mais uma vez que isso não significa uma paralisação iminente de dubladores, atores de captura de movimento e outros atores do segmento, mas sim que a categoria ganha uma arma adicional em sua luta por direitos e melhores condições de trabalho.
O grupo já conversa com estúdios e publishers de jogos há pelo menos um ano, sem perspectivas de obtenção de suas demandas. Ao se unir adequadamente à greve dos atores de Hollywood – que pararam em sua totalidade em julho deste ano – e receber autorização para sua própria mobilização, ambos os lados da SAG-AFTRA devem se fortalecer.
Acordo no horizonte?
“O resultado desta votação mostra que os nossos membros compreendem a natureza existencial destas negociações, e que agora é o momento para estas empresas – que estão ganhando bilhões de dólares e pagando generosamente seus CEOs – darem a nossos artistas um acordo que continue a fazer do trabalho nos game uma carreira viável”, comenta Fran Drescher, presidente da SAG-AFTRA.
“É hora das empresas de videogame pararem de jogar e levarem a sério a possibilidade de chegar a um acordo sobre este contrato”, completa a atriz veterana. Entre os pleitos não atendidos até agora pelas companhias do ramo – e que podem levar a uma greve – estão pautas como salários equiparados à inflação e proteções em relação ao uso agressivo de IA para cortar custos e explorar imagem, voz e outras características dos atores.
É hora das empresas de videogame pararem de jogar e levarem a sério a possibilidade de chegar a um acordo sobre este contrato.
A próxima rodada de negociações entre atores de videogames e estúdios/publishers como Activision, Electronic Arts, Disney, Epic Games, WB Games, Take-Two, Insomniac e muitas outras está marcada para entre hoje (26) e o dia 28 deste mês.
Via: Eurogamer
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