Review: Call of Duty Black Ops 6 É COD EM CAPS mesmo!

Após muitas reviravoltas, cá estamos nós testemunhando o lançamento de Call of Duty Black Ops 6, o primeiro título principal da franquia disponibilizado depois dos imbróglios judiciais. Havia muito em jogo, mas será que ele correspondeu a tanto hype? A resposta curta é: sim. A longa, a gente te conta no review completo a seguir.

Imagem: Activision

Call of Duty Black Ops 6 é como um bom McDonald’s

Me permitam abrir essa análise com uma singela analogia alimentícia. Eu não sei você, mas eu pelo menos gosto bastante de comer um McDonald’s de vez em quando. Não é o melhor fast food do mundo, mas você simplesmente tem que respeitar essa grande franquia nascida dos EUA.

Eu não quero saber se existem carnes melhores no mercado, porque o fato é que é sempre uma alegria botar um bom combo de Quarteirão para dentro. Da mesma forma, jogar o espetáculo visual e sonoro de uma legítima campanha de COD é algo para ser saboreado com um sorriso em cada mordida.

Longe da decepcionante — e curta — campanha de Modern Warfare 3, Call of Duty Black Ops 6 sabiamente entrega uma aventura cheia de variedade e boas variações de cenários e missões, tudo isso enquanto tenta fazer um malabarismo para encaixar novos e velhos personagens em uma só trama. Ela é coesa e bem amarrada? Não. Mas eu não poderia ligar menos para isso quando estou me divertindo tanto assim.

Imagem: Activision – Call of Duty Black Ops 6

Nesse rodeio temos um pouco de tudo. Fases com uma pegada leve de espionagem pincelando elementos até de Splinter Cell? Sim. Níveis mais abertos com múltiplas rotas possíveis e objetivos secundários? Absolutamente. Aqui, deixaram os garotos brincar, e a Raven Software e Treyarch fizeram por merecer a confiança colocada em seus ombros.

Entre alguns níveis você pode até mesmo dar uma pequena pausa em sua casa/QG levemente customizável tanto para bater um papo com os seus aliados como para usar o dinheiro virtual pego em outros níveis para investir em melhorias. É meio descartável no fim das contas, mas eu aprecio passar um tempinho a mais com personagens carismáticos como Adler e Woods.

Muito esmero técnico

Dos gráficos de ponta (área em que dificilmente esse blockbuster deixa a desejar) aos efeitos sonoros imersivos, passando pela trilha sonora empolgante de Jack Wall — incluindo ótimas canções licenciadas para empolgar —, o valor de produção está nas alturas, e chega a ser inacreditável ter um produto tão polido disponibilizado para assinantes do Xbox Game Pass. Baita bola dentro da Microsoft.

Imagem: Actvision – Call of Duty Black Ops 6

Embora tudo isso funcione maravilhosamente na campanha, confesso que me diverti tanto ou mais no modo Zumbis, um dos melhores que a franquia já teve até hoje. Graças a adição dos controles com omnimovimento, nunca foi tão gratificante encarar hordas e mais hordas de mortos-vivos. Só faltou mesmo ter mais mapas, mas imagino que isso será resolvido muito em breve.

Mesmo passando longe de ser um pro player (meu pique é mais competir em jogos de luta, e o máximo que tryhardei em shooters foi com Overwatch semiprofissional), eu gostei de tudo o que eu vi do multiplayer de Call of Duty Black Ops 6, com os modos básicos entregando exatamente o que se espera deles.

Longe do grind e firulas exagerados de Modern Warfare 3, aqui é tudo mais direto ao ponto e você só precisa ir jogando e subindo de nível normalmente para habilitar novas opções em bom ritmo, com os perks funcionando de forma familiar para veteranos. É quase como se tudo tivesse sido planejado para você passar mais tempos jogando e menos tempo nos menus com burocracias, e eu sempre vou apoiar esse tipo de visão.

Imagem: Activision – Call of Duty Black Ops 6

Vale a pena jogar Call of Duty Black Ops 6?

Minhas pequenas ressalvas com a experiência não nublam de forma alguma a excelência de Call of Duty Black Ops 6. Por mais que faça falta ter mais mapas de multiplayer, todos sabemos que isso será sanado no futuro próximo com patches de atualizações, então o futuro é ainda mais brilhante que o já ótimo presente.

E por mais que o instalador gigantesco e hub integrado de experiências da franquia não seja a minha forma favorita de navegar e acessar o conteúdo, é preciso tirar o chapéu para a forma como a maior franquia ocidental de videogames sabe dar aos seus fãs aquilo que eles estão buscando. Senhoras e senhores, COD está de volta, e a gestão da Microsoft com a marca não poderia ter começado melhor do que isso.

Imagem: Vinícius Munhoz/Flow Games

O que você achou desse review? Conte para a gente nos comentários a seguir se você também já está jogando pelo Xbox Game Pass!