Novo Virtua Fighter quer honrar o legado da SEGA, garante produtor

A EVO 2025 já passou, e com ela vimos lutas de tirar o fôlego e vários trailers legais apontando para o futuro da FGC. Entre eles, Virtua Fighter 6 (ou Virtua Fighter Project, como prefererir) parece cada vez mais interessante.

O seu trailer focou no combate bruto e sem firulas, destacando os golpes precisos e a forma como, aqui, o gameplay reina acima de qualquer outra coisa.

Fascinados com esse baita vídeo, a convite da SEGA nós conversamos com Riichiro Yamada, o produtor do game no estúdio Ryu Ga Gotoku. Confira como foi o nosso papo a seguir.

Yamada-san promete honrar o legado de Virtua Fighter e da SEGA

Flow Games (Thomas Schulze): A FGC vive um ótimo momento atualmente, com Street Fighter, Tekken e Garou atraindo a atenção do público com seus novos jogos. E agora Virtua Fighter chega para dividir espaço nesse cenário vibrante. Como você enxerga esse momento para os jogos de luta?

Yamada-san: “Quando eu era adolescente, passava muito tempo nos fliperamas jogando todo tipo de jogo de luta, então isso é muito nostálgico para mim. Dito isso, luta sempre foi um gênero um tanto nichado que não é para todo mundo. Nesse segundo, acho que seria justo dizer que os desenvolvedores estão competindo todos pelo mesmo grupo de jogadores que amam lutas.

Com tantos jogos por aí, você precisa ter um forte motivo para convencer alguém a jogar o seu jogo. Então de uma perspectiva de marketing, o novo Virtua Fighter precisa ser algo verdadeiramente especial a fim de fazer sucesso. Ele não pode ser comparado a outros jogos, ele precisa ser único.”

Desde o primeiro trailer, e incluindo o mais recente, a física e visual do jogo me chamaram muita atenção. Os trailers são bons exemplos do que podemos esperar ver no produto final?

“O trailer que revelamos na EVO estava rodando em hardware de verdade, então acho que ele está ficando bem próximo do que originalmente vislumbramos no vídeo conceitual.”

Imagem: SEGA

E nesse trailer da EVO vimos o uso de slow-motion em alguns golpes para acentuar o seu efeito, certo? Como esse sistema vai funcionar? O jogo pretende manter a base de gameplay dos seus antecessores?

“Algumas das mecânicas já foram implementadas, mas ainda não foram finalizadas. Planejamos compartilhar mais detalhes delas na Tokyo Game Show deste ano.

O nosso objetivo é criar algo que tanto novatos como veteranos possam curtir, apesar disso certamente não ser nada fácil. Acho que uma das qualidades mais importantes de Virtua Fighter é que ele é simples de começar, mas recompensador de dominar.

O Virtua Fighter original eliminou os inputs complexos e criou um jogo de luta que qualquer um poderia jogar, o que foi muito inovador. Em outras palavras, Yu Suzuki criou Virtua Fighter para ser um jogo para todos. tenho um profundo respeito por essa filosofia, e almejamos levá-la em frente nesse novo jogo também.”

A série é muito querida por aqui. Vocês têm algo a dizer para os seus fãs brasileiros?

“Honestamente, fico surpreso — e muito feliz — por ver os fãs no Brasil tendo uma reação tem forte com Virtua Fighter. A SEGA costumava ser uma empresa que lançava jogos muito ousados e desafiadores, e com esse projeto, queremos carregar esse espírito. Queremos criar um jogo distinto que realmente carregue a cara da SEGA, algo que os fãs vão amar. Por favor, aguardaem ansiosamente por isso!”

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