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Esses 4 jogos NUNCA chegarão ao Xbox por culpa da Sony, diz Microsoft

Apesar de serem listados como exclusivos temporários do PlayStation, Sony proibiu jogos de irem para o Xbox

23.12.2022 às 12:38

A papelada enviada pela Microsoft para as principais autoridades reguladoras para tentar aprovar a aquisição da Activision Blizzard continua revelando segredos dos bastidores da indústria. O mais recente deles? O fato de o Xbox estar proibido de receber alguns jogos icônicos ou bastante aguardados por causa da Sony.

De acordo com a empresa liderada por Satya Nadella, são 4 os games que a dona do PlayStation proibiu de ir para o console da concorrente. Oficialmente, esses títulos seriam exclusivos temporários do ecossistema da Sony, mas, na prática, eles nunca devem chegar ao lado verde da jogatina.

Os 4 proibidões do Xbox

“Além de ter conteúdo totalmente exclusivo, a Sony também fez acordos com publishers third-party que exigem a ‘exclusão’ do Xbox do conjunto de plataformas em que esses distribuidores podem publicar seus jogos”, afirma a Microsoft em documento enviado à CMA, entidade regulatória do Reino Unido.

Um dos jogos citados como exemplo desse comportamento da concorrente pela criadora do Xbox é o clássico Bloodborne. Feito em parceria com a FromSoftware, o game foi totalmente bloqueado de aparecer em outras plataformas – algo que dificulta até mesmo um port da jogatina lovecraftiana para os PCs, um foco recente da Sony.

xbox - bloodborne

Imagem: FromSoftware

A coisa começa a ficar mais picante, no entanto, com a citação de Final Fantasy 7 Remake. Era esperado que a reimaginação do JRPG clássico ficasse 1 ano no PlayStation antes de migrar para o PC e o Xbox. Infelizmente, mesmo com a versão Intergrade chegando aos computadores, isso nunca aconteceu com o console americano. E nunca deve acontecer, de acordo com a Microsoft.

Um baque similar deve se dar com Final Fantasy 16 e Silent Hill 2 Remake. Apesar de os fãs do Xbox já estarem cientes de que esses jogos produzidos em parceria com a Sony poderiam demorar para chegar em sua plataforma favorita, a revelação feita pela MS dá a entender que o tempo de espera pelos jogos salta de “daqui a um ano” para “nem precisa esperar”.

Considerando que a principal crítica – e motivo de entrave – da Sony à aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft é o receio de títulos como Call of Duty se tornarem exclusivos permanentes do Xbox, dá para dizer que a marca japonesa anda aplicando a máxima do “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”, não é mesmo?

A linha do tempo da treta

  • Em janeiro de 2022, a Microsoft anunciou sua intenção de compra da Activision Blizzard por cerca de US$ 69 bilhões, com o objetivo de trazer os estúdios e as IPs da casa para seu Xbox Game Studios;
  • A ideia da empresa era não só ampliar seu catálogo de jogos, mas também fortalecer ainda mais sua oferta do Game Pass e mergulhar fundo no lucrativo mercado de jogos de celular – pense nos cifrões ao olhar para Candy Crush, Call of Duty Mobile e Warzone Mobile;
  • Os órgãos competentes começaram a julgar em suas respectivas regiões e países – incluindo no Brasil – se a aquisição era justa ou se representava algum risco ao mercado;
  • Na hora do “fale agora ou cale-se para sempre”, quando as entidades governamentais ouvem outras empresas do setor para entender prós e contras do negócio, apenas Google e Sony foram extremamente vocais contra a compra;
  • Um argumento utilizado pela Sony era de que transformar algumas IPs em franquias exclusivas do Xbox poderiam colocar poder demais nas mãos da Microsoft;
  • Mesmo com Phil Spencer e outros executivos da divisão de games da Microsoft garantindo que isso não aconteceria, a Sony continuou sua cruzada para melar o negócio;
  • Além de soltar um comunicado dizendo como a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft era boa para o mercado, o Xbox lançou uma proposta de manter os jogos da série Call of Duty também no PlayStation por pelo menos 3 anos após a finalização da compra.
  • Não conseguindo convencer a adversária, a MS, então, lançou a braba e aumentou a proposta para 10 anos de permanência na plataforma concorrente – proposta que, ironicamente, foi estendida à Nintendo posteriormente;
  • A sugestão não caiu bem, ambas as empresas trocaram farpas gigantes e a própria Activision Blizzard foi à público dizer que iria defender sua compra com unhas e dentes;
  • Nesse meio tempo, a Microsoft e a própria Activision Blizzard também sofreram graves acusações por um órgão do governo sueco, que acusou a dupla de manipular o processo de negociação nos bastidores;
  • Não demorou muito e o FTC, que parecia inclinado a aprovar a aquisição, resolveu bloquear ativamente a compra e processar a MS para que o negócio não prejudique o consumidor e o mercado de games – a empresa diz que vai recorrer;
  • Numa notícia que parece não relacionada ao caso, mas que pode afetar o preço futuro do Game Pass e encarecer o acesso aos jogos contidos nele – como deve acontecer com Call of Duty –, a Microsoft confirmou que o preço dos jogos first-party da casa devem aumentar em 2023;
  • Informações de bastidores revelaram que a Microsoft também sugeriu que a Sony poderia adicionar os jogos da franquia Call of Duty no catálogo da PS Plus, assim como a marca faria com o Xbox Game Pass – mas, aparentemente, os japoneses não curtiram a ideia;
  • Seguindo os passos do FTC, jogadores de PlayStation também entraram com uma ação conjunta contra a Microsoft para impedir a compra do conglomerado Activision Blizzard, dizendo que o negócio poderia desequilibrar a balança do mercado e colocar muitas IPs de sucesso nas mãos da empresa e do Xbox.

Via: Windows Central

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