10 jogos que são tão ruins que viram bons
Sabe aquele jogo ruim, capenga, brega e com problemas que, de tão ruim, acaba até virando bom de forma inexplicável? Conheça alguns deles!
nosso tempo é bem limitado e cada vez mais a indústria de jogos lança mais e mais títulos a cada semana. É impossível ficar a par de tudo, é impensável comprar todos. Por conta disso, sempre selecionamos as compras mais acertadas possíveis para valer o máximo de nosso tempo e dinheiro.
Mas… de vez em quando, a gente se apega naquele game ruim, que tem absolutamente tudo para ser ruim, que reconhecemos os problemas de design e os defeitos técnicos, mas mesmo assim trazem uma dose de diversão misteriosa. Ficou curioso? Vem ver uma lista cheio deles!
10 jogos tão ruins que acabam ficando bons
Salvo quesitos bem técnicos, como bugs ou recursos que não funcionam como deveriam, analisar a qualidade de um jogo é extremamente subjetivo. Portanto, não fique triste ou bravo com a gente se um game querido do seu coração aparecer na lista.
Veja também:
Afinal, no fim das contas estamos falando que, de alguma forma, ele é bom e oferece uma boa dose de entretenimento. Chame de “guilty pleasure”, gema escondida ou obra incompreendida, mas todos os títulos abaixo têm sua boa parcela de problemas (e divertidos). Confira:
1 – Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin
Esse jogo é um que, por mero acaso, está aparecendo em diversas listas do Flow Games. Porém, é inegável que Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin é mais legal no papel do que na prática. Afinal, a ideia de recontar os eventos anteriores ao primeiro game da série com uma forma mais sombria e com um combate soulslike é bem interessante.
Na prática, o título é uma bagunça técnica, com resoluções baixas, performance capenga (mesmo no PS5 e Xbox Series, quem dirá no PS4 e Xbox One) e visuais que parecem retirados de uma obra do PS3. E eu já citei o clima tão galhofa, mas tão galhofa, que criou incontáveis memes de Jack e sua turma?
Apesar de a descrição ser ruim, Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin ganhou um carinho bem grande daqueles que deram uma chance. O combate é muito divertido, a história tem grandes reviravoltas e o clima tosqueira praticamente coroa com um charme retrô a experiência.
2 – The Matrix: Path of Neo/Enter the Matrix
Ok, antes de tacar a primeira pedra, vamos tentar tirar os óculos da nostalgia. Claro, The Matrix: Path of Neo era absolutamente incrível na infância e adolescência de muitos. Usar o tempo em câmera lenta do filme, jogar como Neo e aproveitar todos os poderes incríveis que vimos no cinema em um só jogo era legal.
Só que a fascinação de quando éramos mais novos pode enganar. Path of Neo era um jogo truncado, cheio de problemas e sem muito polimento. Entretanto… jogar como Neo, realizar acrobacias e movimentos de luta insanos e combinar tudo isso contra o Agente Smith ainda é impagável.
Como bônus: Path of Neo é um jogo diferente de Enter the Matrix, outro título que fez sucesso na era PS2. Apesar de muitos lembrarem como um game superior a Path of Neo, ele tinha uma boa dose de problemas e, inclusive, tem avaliações bem piores da crítica. Mas aposto que você lembra dele como algo incrível – e meio que é.
3 – Marvel’s Avengers
A ideia de ter todos os Vingadores em um jogo era fantástica. A Square Enix revelou Project Avengers e o hype foi às alturas, mas logo no primeiro trailer as expectativas vieram abaixo: não só parecia um jogo mais ou menos, como o modelo de serviço desanimou os fãs.
Até hoje Marvel’s Avengers paga por seus pecados, especialmente pelo modelo de negócios, missões rasas e multiplayer pouco inspirado. Porém, vocês já jogaram com o Thor? Com o Hulk? Se você realmente jogou, sabe que existia um valor a ser elogiado no combate e em algumas ideias.
4 – Deadly Premonition
Talvez Deadly Premonition seja o jogo mais polêmico da lista. Quando foi lançado em 2010, o jogo era uma catástrofe tecnicamente: problemas de desempenho, bugs, mecânicas copiadas de forma ruim de Resident Evil 4 e muita narrativa sem sentido. Mas, contrariando as expectativas, as notas do jogo variaram entre 2 e 10.
Sim, ao mesmo tempo que alguns portais acharam um dos piores jogos já feitos (como o IGN americano), outros o acharam uma obra-prima atemporal. Mas por quê? Basicamente, apesar de sua execução fraca, a ambientação, história e temas utilizados pelo diretor Swery65 eram impecáveis para quem gosta de maluquices.
O jogo dividiu tanto as opiniões que, em 2012, ganhou o recorde de “survival horror mais polarizado de crítica” no Livro Guinnes dos Recordes: Versão Games. Portanto, talvez exista uma gema escondida para você aqui – e, como curiosidade, Deadly Premonition 2 conseguiu ser ainda pior.
5 – Earth Defense Force
Em vez de colocar um único jogo, aqui vai a franquia toda de uma só vez. Você provavelmente já viu Earth Defense Force entrando em serviços como Game Pass e PS Plus, mas, muito possivelmente, viu algum gameplay de baixo orçamento e não deu bola para o game.
Antes mesmo de Helldivers 2 virar o sucesso de hoje, Earth Defense Force já trazia uma jogatina insanamente frenética com tropas destruindo alienígenas e insetos gigantes. Pense como um “Helldivers 2 de baixo custo”. Por conta disso, a IA é fraca, há alguns problemas técnicos e uma carência de polimento no balanceamento da campanha.
Porém, converse com qualquer fã da franquia e veja a mesma resposta: trata-se de uma série extremamente divertida, com coop de sofá muito agradável e, de certa forma, o orçamento limitado até traz um charme. Concorda?
6 – Resident Evil 6
Como fã de Resident Evil, até me dói colocar esse jogo na lista. Quando Resident Evil 6 saiu, as expectativas estavam nas alturas: um dos mais ambiciosos e longos games da série, Leon, Chris, Sherry, Ada e outros personagens com campanhas separadas, a volta dos zumbis e… um completo fracasso de crítica.
Na época, Resident Evil 6 foi uma grande decepção, por mais que algumas mecânicas e o modo Mercenários fossem legais. Mas, com o passar do tempo, uma nova luz surgiu: se abraçada a galhofa e principalmente jogado em coop, esse é um título surpreendentemente divertido.
Se você nunca revisitou o título da Capcom, faça esse exercício: chame um amigo para jogar junto e vá de cabeça aberta. Ainda tem muitos elementos horríveis? Sim. É divertido pra caramba? Sim.
7 – Duke Nukem Forever
Antes mesmo de o termo “development hell” existir (ou ser popular), Duke Nukem Forever teve um ciclo de desenvolvimento de 14 anos extremamente conturbado e, como resultado, não poderia ser algo diferente da bagunça técnica, piadas de mal gosto e datadas, jogabilidade fraca e tudo o que você imaginar.
Entretanto, Duke Nukem Forever saiu em uma época que jogos mais cinematográficos estavam entrando em moda e o gênero, hoje chamado de “boomer shooter”, estava em declínio e perto de desaparecer. Sem dúvidas, esse ainda é um game bem ruim em muitos aspectos, mas tem sua dose de diversão datada dos anos 90 e 2000, exibindo o DNA da 3D Realms.
8 – Alpha Protocol
Quando chegou em 2010, Alpha Protocol até tinha uma ideia legal: a de misturar uma trama e sistemas de espionagem com RPG, mas passou batido por muitos como mais um lançamento genérico e como um game de rodapé lançado no ano.
Nas críticas, o jogo não foi muito melhor também, com muitos veículos colocando suas mecânicas de combate, IA e outros elementos como pontos negativos. Entretanto, ele triunfava em um fator: seus sistemas de RPG e escolhas narrativas, que tinham um timer para cada resposta (muito antes da Telltale).
Em 2024, Alpha Protocol foi recolocado na GOG depois de ser retirado das lojas digitais em 2019 e tem uma legião de fãs que aprecia o trabalho da Obsidian (sim, ela mesmo, de Fallout New Vegas e The Outer Worlds).
9 – Alone in the Dark (2008)
Citar apenas “Alone in the Dark” não diz muito, já que o jogo já teve dois reboots e é necessário especificar a versão. Aqui, estamos falando sobre o game de 2008 (mas poderia ser o de 2024 também nessa lista), uma reimaginação moderna em primeira pessoa (na maior parte do tempo) bem diferente.
Apesar de ser bem ruim tecnicamente e claramente ter sido lançado antes da hora, o título tinha algumas ideias interessantes: puzzles de cenário envolvendo fogo – que tinha um grande papel na campanha –, um inventário em tempo real que era a jaqueta do protagonista em primeira pessoa e um combate até que interessante.
Muitos veículos na época o classificaram como um jogo mediano, cheio de problemas e que não estava à par com o nome da franquia, mas outros também citaram a aventura divertida e diferente. Alone in the Dark pode não ser uma obra-prima, mas certamente vale conhecer!
10 – Dirge of Cerberus: Final Fantasy VII
Após o sucesso colossal de Final Fantasy VII, diversos spin-off expandiram o universo, alguns menores e somente para o Japão, e outros maiores e mais memoráveis, como Crisis Core. No meio desses lançamentos, tivemos também Dirge of Cerberus, um game com Vincent Valentine e que era uma sequência do jogo original.
Apesar de a ideia ser incrível na teoria, com Vincent de protagonista e um combate que dispensa o sistema de turnos por um sistema de ação com armas de fogo, o resultado não foi bem o “Devil May Cry de Final Fantasy VII” que os fãs esperavam. A jogabilidade era truncada e sem grandes destaques (na verdade, com mais pontos negativos).
Contudo, olhando novamente para ele, as coisas não são tão ruins quanto parecem. Claro, o combate não é dos melhores, mas o charme de Final Fantasy VII e saber o desfecho de muitos personagens é uma experiência bem legal de consumir.
Comentários